Em 23 de agosto de 1995, o primeiro single do quarto álbum de estúdio de Mariah Carey foi lançado globalmente. Escrita e produzida apenas por Carey e por Dave Hall (com quem Mariah já havia colaborado em Dreamlover de 1993), a canção une Dance Pop, Soul, R&B e Hip-Hop e sampleou o hit de 1981
Genius of Love da banda Tom Tom Club.
Fantasy estreou no topo da Billboard Hot 100 com 229.000 cópias vendidas em sua primeira semana + airplay. Permaneceu por 8 semanas em #1 nos Estados Unidos. O single se tornou a primeira canção de uma artista feminina a estrear no topo da parada, e se tornou o 9º #1 de Carey nos Estados Unidos. Apesar de serem contados apenas 4 meses do lançamento da música, ela foi o segundo single mais vendido no país em 1995, com 1.5 milhões de cópias. Hoje em dia, a canção tem certificado de Platina Quíntupla (5.000.000) somando cópias físicas, digitais e streaming.
O sucesso de Fantasy não se limitou aos EUA; foi #1 na Austrália, onde tem certificado de platina tripla (210.000), #1 no Canadá e na Nova Zelândia, e top 10 na Bélgica, Dinamarca, França (onde tem certificado de prata por 125.000 cópias), Hungria, Irlanda, Países Baixos, Noruega, Polônia, Escócia, Espanha, Suíça e Reino Unido (certificado de platina).
O impacto CULTURAL de Fantasy se tornou enorme - hoje é o segundo maior hit de Mariah no Spotify, com mais de 311 milhões de streams, na frente até mesmo de hits recentes como Obsessed e Touch My Body e solidificou a Mariahmania nos anos 90. A canção foi usada em uma das cenas mais memoráveis de filmes como em
A Hora do Rush, de 1998 - ainda no auge da própria Mariahmania, ou em
Free Guy, de 2021. tornou referência do uso de samples em música pop (
Slant Magazine) e estabeleceu uma fórmula colaborativa entre rappers e divas pop.
Anders Hare, do Rated R&B, diz que “
foi uma escolha arriscada por parte de Mariah ao misturar pop, r&b e hip-hop como lead single de um álbum, sendo que a própria gravadora tinha medo de que fracassasse” e que “
a colaboração gloriosa de r&b e hip-hop inevitavelmente permaneceu no mainstream” + “Let Me Blow Ya Mind de Gwen Stefani com Eve foi a primeira canção que venceu grammy na categoria de Melhor Colaboração de Rap/Canto”, em 2002.
Sasha Frere-Jones, do The New Yorker, fala como Mariah forçou com que o r&b e o hip-hop andassem de mãos dadas com o pop - fórmula que viria a ser o padrão para qualquer artista do estilo nos próximos anos, seja Britney Spears, Christina Aguilera ou Beyoncé, em canções como a própria Fantasy, de 1995.
.
Fantasy foi responsável por tornar popular a mistura de Pop, o R&B e o Hip-Hop em um país o qual tinha menos de 40 anos em que a segregação racial havia acabado. Sendo filha de pai afro-latino e mãe branca, Mariah recebeu influências musicais de diversos mundos diferentes, seja o hip-hop e o r&b, o gospel, ou a música clássica de sua mãe, cantora de ópera.

A epidemia do pop-rap ainda continua sendo tendência após quase 30 anos. Qualquer diva pop se aventurou nesse universo, como Taylor Swift (
Both of Us,
Bad Blood,
End Game e
Karma); Beyoncé (
Soldier,
Deja Vu,
Drunk In Love,
Crazy In Love); Rihanna (
The Monster,
Love the Way You Lie,
Live Your Life,
Umbrella); Christina Aguilera (
Dirrty,
Can’t Hold Us Down,
Tell Me,
Like I Do); Katy Perry (
Dark Horse,
California Gurls,
Bon Appetit,
Swish Swish); Lady Gaga (
Chillin’,
Bitch Don’t Kill My Vibe,
Jewels n Drugs); Britney Spears (
Scream & Shout,
Make Me Ooh,
Pretty Girls); Gwen Stefani (
Let Me Blow Ya Mind,
Luxurious,
Rich Girl); Ariana Grande (
Let Me Love You,
The Way,
Right There,
Problem,
Boyfriend).
@Lambs