Sei que vocês esperavam que eu viesse falar que foi um responsável/pai/mãe ou estudante que tivesse me agredido, mas foi uma outra colega professora.
Para quem não me conhece no off, sou professor da rede pública de ensino há alguns anos, com dez anos de exercício do magistério (os cinco primeiros anos em instituições privadas e desde 2019 na rede pública), já havia sofrido assédio moral, mas nunca agressão física.
Nossa equipe de professores já atua juntos há muitos anos, sendo eu o mais novo da turma, formando parte da equipe em 2019. Nós sempre brincamos muito uns com os outros, tentamos ter um clima amistoso, porque trabalhamos em escola integral e temos que passar muito tempo no trabalho, além de morarmos em uma cidade pequena (10.000 habitantes) e todos nos conhecermos há anos.
Hoje, a professor Júlia (nome fictício) levou uma caixa de chocolate para dividir com todos. Todos estavam em clima de festa e brincadeiras, quando eu tive a infeliz decisão de brincar com a professora Fernanda (nome fictício), pegando o chocolate que seria entregue a ela, e ficamos naquela “brincadeira”: “me dá meu chocolate”, “não vou dar”. Até esse ponto, achei que era uma brincadeira, pois apesar de ser algo chato, eu de fato, estava brincando, pois sempre tivemos muita afinidade, inclusive eu sempre a ajudei com material escolar que ela não tem, emprestando notebook e até formatando as provas dela, enfim, sempre tivemos uma relação amistosa e de muitas brincadeiras.
Decidi comer o chocolate e quase sofri uma tentativa de homicídio. Quando coloquei o chocolate na boca, ela “voou” para cima de mim, me arranhando e me derrubando. Graças ao professor João (nome fictício) não me lesionei mais forte, pois ao tentar retirar o chocolate da minha boca (sim, chegou a esse ponto), a cadeira que estava sentado, virou e por muito pouco, não bati a cabeça na quina de um birô que tem atrás da mesa principal. Em seguida, já de volta a minha posição anterior, resolvi pedir desculpas pela brincadeira, mas o que eu ouvi, foi que enfiasse em meu canal excretor (usando esse termo para não ser tão baixo quanto ela).
Os arranhões não foram profundos, nem bati minha cabeça, mas a frustração e a revolta ficam latentes. Optei por não entrar com uma ação, pois ela tem uma filha pequena e não desejo que ela perca sua licença de professora, nem o seu emprego, mas fiquei com vontade.
O que a BCzinha faria?
Ah, não venham trazer stan de fandom, esse não é o tópico da discussão.