Aryè Campos, que fez sucesso na infância em programa de Silvio Santos, fala do papel na série 'Rio connection'

Conhecida na infância por trabalhar no programa “Hot hot hot”, sucesso de Silvio Santos no SBT nos anos 1990, Aryè Campos hoje é atriz e fará o papel de uma vilã na série “Rio connection”, que estreia no próximo dia 23 no Globoplay. Ela, que estava morando e trabalhando há anos em Los Angeles, nos Estados Unidos, tem como colegas de elenco Marina Ruy Barbosa, Renata Sorrah, Bruno Gissoni, Nicolas Prattes e outros atores, inclusive estrangeiros.

— Não tinha noção de quem eram os colegas que trabalharam comigo. Depois que fiquei sabendo (risos). Com a Marina, por exemplo, só fiz uma cena, mas conversamos sobre Los Angeles. Foi muito gentil. Foi até bom porque não tinha dimensão de quantos seguidores ela tem. Só sabia quem era a Renata. Quem veio depois de “O rei do gado” eu não conhecia — afirma Aryè, que interpreta Amanda.

O trabalho ao lado de Silvio foi o último que ela fez na TV brasileira, aos 11 anos:

— Era muito pequena. Então, me lembro de pedacinhos daquele momento. Silvio era muito carinhoso, falava com a minha mãe. Sempre um tiozão legal. Mas infelizmente não nos falamos mais.

Na época, ela atendia por Ashley Ripani, seu nome de batismo. A mudança para Aryè Campos foi uma homenagem ao pai, Ariovaldo Ripani, que morreu em 2007. Naquele ano, ela se mudou para os EUA para investir na carreira no cinema e na TV. Aos poucos, foi se dividindo entre os projetos artísticos e o trabalho como consultora financeira.

— Conversei com o meu marido e nos organizamos para que em 2016 eu focasse na atuação. Foi o que fiz. Retomei contato com o Jayme Monjardim, pelas redes sociais, por incentivo da minha mãe. E, em 2020, ele me chamou para fazer “Passaporte para a liberdade” (série do Globoplay) — conta ela, que trabalhou com o diretor quando criança.

A fama precoce trouxe para Aryè questões emocionais. Ela foi alvo na escola de bullying, um dos motivos pelos quais se mudou para o exterior:

— A TV criava uma separação entre as pessoas. As crianças me chamavam de hot, hot, hot. Eu não podia sair que todos me conheciam. Tudo tem o lado bom e o ruim, mas mexeu com meu emocional.