O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar hoje Sergio Moro (Podemos), a quem acusou de ter trabalhado “contra” o governo na época em que era ministro da Justiça e Segurança Pública, entre janeiro de 2019 e abril de 2020. Ele também minimizou uma eventual candidatura do ex-juiz à Presidência em 2022, dizendo que Moro “não aguentaria dez segundos de debate”.
“Lula falou que vai recolher as armas. Moro falou que podia ser mais rígido, me peitar mais durante a questão das portarias sobre armamento. Como é que o cara aceita trabalhar comigo sabendo que sou armamentista e depois trabalha contra? Ele trabalhou contra por muito tempo, descobri mais tarde. Tinha que ter caráter, né?”, disse o presidente em conversa com apoiadores, gravada pelo canal “Foco do Brasil”.
“A última notícia dele [Moro] é que ‘Bolsonaro comemorou quando Lula foi solto, diz Moro’. É um vídeo, e ele fala ‘ouvi dizer’. É um papel de palhaço, um cara sem caráter”, disparou o presidente. “Agora ele vai me acusar disso, que comemorei. ‘Ouvia no Palácio do Planalto que ele comemorou porque era bom politicamente para ele’. Tá de brincadeira. Mentiroso deslavado!”
Durante a transmissão ao vivo, Bolsonaro também rebateu a acusação de que não teria apoiado a manutenção da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, dizendo que quem tinha que trabalhar nesta questão era Moro, não ele.