O governo de São Paulo anunciou hoje que o Instituto Butantan enviou o pedido para dar início ao estudo clínico da ButanVac à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O documento, se aprovado pela agência federal, permite que o Butantan comece a testar em humanos a primeira vacina contra a covid-19 a ser fabricada integralmente no Brasil, sem a necessidade da importação de insumos.
A ButanVac foi anunciada como uma vacina 100% nacional há pouco menos de um mês, mas depois o Butantan —que é ligado à gestão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB)— admitiu que usou uma tecnologia do Hospital Mount Sinai, de Nova York, nos Estados Unidos, para o desenvolver o vetor viral do imunizante.
Para os pesquisadores do instituto, o processo de produção será 100% brasileiro, com colaboração 100% internacional.
A previsão inicial do Butantan era de que os testes clínicos começassem já em abril, mas, como a Anvisa ainda deve levar alguns dias para a aprovação da documentação enviada hoje, o prazo dificilmente será cumprido.
Por meio de nota, a Anvisa confirmou o recebimento dos documentos e informou que tem até 72h para dar a resposta. “A equipe técnica da Anvisa já iniciou a avaliação para dar seguimento a análise de autorização do estudo”, disse o órgão.