Ex-globais, autores se rendem à agência para tentar emplacar projetos

O mercado de dramaturgia no Brasil mudou nos últimos anos, a ponto de novelistas, antes considerados medalhões em suas emissoras, terem perdido a vaga e o contrato fixo. Neste novo modelo, os profissionais tentam se recolocar no mercado através de outro modelo de trabalho: sendo agenciados. Este é o caso de nomes antes considerados imponentes na área, como Aguinaldo Silva, Carlos Lombardi e Tiago Santiago.

O NaTelinha teve acesso a histórias de vários autores, que já tiveram seu auge em novelas da TV brasileira e que são agenciados por uma mesma produtora: a Diosual. Nela, nomes importantes do mercado tentam emplacar séries para alguma plataforma de streaming ou mesmo para canais abertos.

É o caso de Aguinaldo Silva. Autor considerado um dos mais importantes da TV brasileira, ele se desligou da Globo após o fiasco de O Sétimo Guardião (2018) e não conseguiu mais voltar ao mercado. Nesta produtora, ele é showrunner de No País das Sombras. “Em nome de um amor proibido, dois soldados portugueses do século XVII estão dispostos a enfrentar todos os perigos, inclusive a fúria da implacável Santa Inquisição”, diz a sinopse.

Além dele, outro autor que fez muito sucesso na Globo também faz parte do cast da produtora. Carlos Lombardi, consagrado com obras como Quatro por Quatro (1994) e Kubanakan (2003), está atualmente no ar com a reprise de Pecado Mortal na Record.

Em 2024, Lombardi também voltou ao centro das atenções porque é o roteirista do filme biográfico Mamonas Assassinas. Na Diosual, o autor de obras importantes da faixa das sete da Globo deixou Bad Boy. A história acompanha a vida de Nazi, uma estrela do futebol. “Joga num time grande do Rio de Janeiro, é amado e odiado pelo público. Todos o amam quando ele marca gols lindos, todos os odeiam quando ele chuta para fora. Nesses momentos, todos se lembram de seus excessos, suas famosas orgias e seu casos escandalosos”.

Mas ex-autores da Globo não são os únicos a trabalharem em agência. Tiago Santiago, que virou o número 1 da Record, ao criar novelas de alta audiência, como Escrava Isaura (2004) e a trilogia Os Mutantes (2007), também tenta voltar ao mercado.

Santiago trocou a Record pelo SBT, mas não fez nenhum sucesso por lá no final da década retrasada e início da passada. Desde então, ele investiu na literatura e chegou a morar fora do Brasil. Na agência, o autor tem Dandara. “A história de uma mulher que se tornou um símbolo de resistência em Angola Janga, reino livre do século XVII, também conhecido como Quilombos dos Palmares. Uma emocionante aventura, permeada de amor, coragem e fundamentos da filosofia africana”, assim é descrita a história na agência.

Esses são apenas alguns exemplos de muitos que aparecem na Diosual, que conta com outros nomes importantes do mercado da dramaturgia, como Solange Castro Neves, eterna colaborada de Ivani Ribeiro, em obras icônicas como Mulheres de Areia (1993) e Marcílio de Moraes, novelista que fez produções na Globo e se consagrou na Record como o autor do fenômeno Vidas Opostas (2006).

Com a mudança de postura da Globo, que vem evitando contratos longos, inclusive com novelistas, e com a abertura do mercado para novas produções, mesmo novela, como é o caso da HBO Max e da Netflix, os autores, que antes negociavam diretamente renovação de contratos com a Globo, agora são agenciados para tentar emplacar um projeto.

puts kkkkk aquilo de ser global foi por terra mesmo

imagina perder contrato fixo pra se humilhar pra stream to fora
na globo eu receberia pra ficar na geladeira amoo

Tem autor e diretor que estão indo para Portugal para trabalhar nas novelas de lá

É igual as produções brasileiras? não mas por lá a liberdade é muito maior mesmo o salário sendo um pouco inferior do que aqui

gente mas não é possível que eles estejam nessa situação, tem tanta coisa sendo produzida no páis e pela fama eles deveriam era estar recusando trabalho, ou cobram algo impossível de bancar.