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Dono de startup indiana fez post se gabando dos ganhos com a mudança, mas usuários criticaram insensibilidade
Desde que o ChatGPT se tornou um fenômeno global, inúmeras listas de profissões que serão substituídas por inteligência artificial tomaram o noticiário. Nesta quarta-feira (12/7), inclusive, a OCDE divulgou um relatório estimando que 27% dos empregos podem ser trocados pela tecnologia nos países membros da organização. Recentemente, a Dukaan, uma startup indiana, colocou a tendência em prática: demitiu 90% da sua equipe de suporte e distribuiu suas funções para um chatbot.
Em sua conta no Twitter, o fundador da empresa, Suumit Shah, gabou-se da eficiência do negócio. O empreendedor descreveu a mudança como “difícil”, mas “necessária”, e disse que as startups devem buscar o lucro – algo que ele fez, ao cortar 85% dos custos. Shah ainda comemorou que as respostas dadas aos clientes, que antes levavam 1 minuto e 44 segundos, passaram a ser instantâneas.
https://twitter.com/suumitshah/status/1678460567000850450?s=20
A mensagem de Shah podia ter a intenção de parecer positiva, mas acabou gerando o efeito contrário, como destacou a Fortune. Mais de 1,7 milhão de pessoas leram os tuítes, e centenas criticaram a atitude do empresário.
“O tempo para pensar antes de tuitar passou de 44s para INSTANTÂNEO! Custo da marca pessoal reduzido a 0”, disse um dos comentários.
Outro ainda criticou o posicionamento positivista do CEO diante de uma demissão em massa. “É um dia triste para a comunidade indiana de startups. Os fundadores estão mais interessados em escrever tópicos virais para obter seguidores do que ter sensibilidade humana básica em relação a seus funcionários. Espero que as pessoas escolham com sabedoria antes de trabalhar com fundadores que têm 0 empatia e gostam de se vangloriar de suas demissões”.
Na mesma cadeia de tuítes, o CEO respondeu às críticas, dizendo que a startup está com “múltiplas vagas de emprego abertas” nas áreas de IA, e-commerce e design de produto.