Professora usa clipes de Taylor Swift para ensinar botânica a alunos

Taylor Swift e botânica. Duas paixões da professora Gláucia Lidiane que, juntas, estão revolucionando a forma de ensinar sobre plantas a alunos do Rio Grande do Norte.

O ‘Método da Taylor’, criado por Gláucia, que é bióloga, mestra e doutoranda em Sistemática e Evolução pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), consiste em mostrar a crianças, jovens e adultos, através dos clipes da cantora, que as plantas estão em todos os lugares e merecem atenção, cuidado e respeito.

“Se as plantas são essenciais para a vida na terra existir, controlando temperatura, participando do ciclo da água, deixando as cidades menos quentes, evitando mortes, fornecendo alimentos e extratos para fazer remédio, objetos, casas etc, por que ignoramos e rejeitamos elas? A ideia desse método é a galera abrir os olhos e treinar o cérebro/a visão para enxergar as plantas, por que a partir daí eu consigo trabalhar outros temas essenciais da biologia”, explicou a professora.

Criação do método

De acordo com Gláucia, tudo começou em 2020, quando o álbum Folklore foi lançado. “Eu vi no vídeo da música ‘Cardigan’ que tinha muitas coisas com plantas, e eu poderia usar isso para dar aulas futuramente”, contou.

Frame do clipe da música 'Cardigan', da cantora Taylor Swift. — Foto: Foto: Reprodução/YouTube

Frame do clipe da música ‘Cardigan’, da cantora Taylor Swift. — Foto: Foto: Reprodução/YouTube

Em 2021, durante a graduação, Gláucia estagiou dando aulas para uma turma de ensino médio em uma escola pública em Natal. No entanto, ela se deparou com uma resistência dos alunos com relação ao assunto.

“Em todos os níveis de ensino (do fundamental ao superior), existe um ‘ódio’ às plantas e ao ensino delas, que vários autores chamam de ‘cegueira botânica’: a incapacidade dos humanos de perceber as plantas no ambiente. Se você der um passeio no Centro de Biociências e perguntar aos alunos, a maioria vai dizer que detesta botânica. Eles acham chato, desinteressante, sem graça, que tem muitos nomes difíceis e não conseguem relacionar com o nosso dia a dia”, pontuou a bióloga.

Foi a partir daí que Gláucia deu início ao ‘Método da Taylor’, com o objetivo de ensinar sobre as plantas de uma forma descontraída.

“Eu lembrei dos vídeos da Taylor e usei eles para ajudar os alunos a ‘enxergarem’ as plantas no ambiente, como um facilitador do ensino. Utilizamos 3 músicas, e isso não só ajudou eles a perceberem as plantas dos assuntos que íamos estudar, mas foi uma forma de nos conectarmos num período tão difícil como o da pandemia”, lembrou a professora.

Ampliação

Finalizado o estágio, Gláucia se questionou se havia mais músicas da Taylor Swift que falavam sobre plantas. Ela revelou que, ao pesquisar, viu que a cantora possui um vasto conhecimento botânico.

“Fui estudar toda a discografia e videografia dela e percebi que, na verdade, a Taylor tem, até o momento, umas cinquenta músicas onde ela cita alguma referência ao reino das plantas, como raízes, galhos, árvores, jardim, grama, lavanda, margarida, folha, estações do ano, flores, espinhos, tipos de fruto e muito, muito, mais”, contou.

A descoberta fez com que Gláucia buscasse a orientação da professora Aline Mattos, do Departamento de Educação da UFRN, que a acompanhou ao longo das aulas em que o ‘Método da Taylor’ foi aplicado. “Foi ela quem topou essa ideia desde o nascimento”, disse.

Reconhecimento

O método foi crescendo e, em setembro deste ano, Gláucia o apresentou em uma aula para alunos da UFRN. “Ministrei ele para uma turma de licenciatura em Biologia, na disciplina de estágio supervisionado para a formação de professores do ensino médio”, contou.

Gláucia apresentou o 'Método da Taylor' em uma aula para alunos da UFRN. — Foto: Foto: Cedida

Gláucia apresentou o ‘Método da Taylor’ em uma aula para alunos da UFRN. — Foto: Foto: Cedida

O ‘Método da Taylor’ ganhou tanta notoriedade no mundo acadêmico que Gláucia foi convidada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para falar em uma roda de ciência e arte no YouTube. Veja um trecho:

Método Taylor Swift: Professora usa clipes de cantora pop para ensinar botânica no RN

Além disso, a bióloga também foi convidada para palestrar em um simpósio de ciências na UFRN - o Café com Darwin, onde o método foi apresentado.

Material didático em andamento

De acordo com Gláucia, um material didático físico sobre o ‘Método da Taylor’ está sendo elaborado junto ao Centro de Educação da UFRN. A ideia, segundo a professora, é que ele possa ser usado em aulas para os ensinos fundamental 2, médio e superior, e que seja, inclusive, traduzido para o inglês.

“Esse material didático vai contar todo o meu percurso, e vamos falar de todas as plantas que a Taylor cita [em suas músicas]. E eu sei que é praticamente impossível, mas, um dia, quando esse material didático estiver em inglês e impresso, eu adoraria entregar uma cópia para a Taylor”, desejou a bióloga e fã.

11 curtidas

Queremos a doll nas matérias de História e Geografia também

Doll

Eu amei @Swifties

Legal

Aqui usamos Juliette
Mostramos o semiárido e desértico, pois é assim que ela retrata o clima tropical da Paraíba

doutora taylor swift mesmo

Legal o método passar um clipe pra mostrar que existe planta

Diva

passado com ela chamando a taylor de industry plant

que mico imagina vc ser aluno querendo aprender coisas sérias na escola e ter q aturar uma professora tidinha fazendo graça

1 curtida

Que divas lendarias amamos mulheres fortes e no topo de suas carreiras

Taylor lenda, inventou clipes com vegetação.

Muito triste que os professores tem que ficar inventando essas papagaiadas pros alunos se interessarem nas matérias.

No caso não é pros alunos, é só pra satisfazer a compulsão dela mesma.

3 curtidas

é cada uma

matou a gaga que só é usada como referencia de ensinamento nas escolas de meretrizes papa-casados e clinicas de rinoplastia

é como dizem: todo swiftie é uma criança em corpo de adulto q se recusa a crescer
Gif Pocket

Ja a Taylor e o ex-namorado dela são usados nos livros de história pra ilustrar um certo período de guerras na Europa no século XX

É isso mesmo