A Walt Disney Company registrou resultados expressivos no segundo trimestre fiscal encerrado em 29 de março de 2025. A receita total subiu 7%, de US$ 22,1 bilhões para US$ 23,6 bilhões, enquanto o lucro antes dos impostos saltou de US$ 0,7 bilhão para US$ 3,1 bilhões — mostrando quão rápido a empresa reverteu um ano difícil.
A divisão de streaming (Disney+, Hulu e ESPN+) voltou ao azul: teve lucro operacional de US$ 336 milhões — contra apenas US$ 47 milhões no mesmo período do ano anterior — impulsionada por adições de 2,5 milhões de assinantes, totalizando 180,7 milhões na plataforma combinada, com 126 milhões apenas no Disney+ . Esse balanço consolida o streaming como um motor rentável, após anos de pesados investimentos.
O segmento de parques e experiências também mostrou força, gerando US$ 8,9 bilhões em receita e US$ 2,5 bilhões em lucro operacional — aumentos de 6% e 9%, respectivamente. Os parques domésticos se destacaram com crescimento de 13%, impulsionado por maior visitação, mais gastos dos visitantes e sucesso recente de cruzeiros.
Com resultados tão positivos, a Disney elevou sua expectativa de lucro por ação ajustado para US$ 5,75 no ano fiscal — um crescimento de 16% em relação a 2024 . A empresa também anunciou expansão na recompensa aos acionistas, incluindo recompra de ações e aumento de dividendos.
Após a divulgação, as ações reagiram com alta de até 12%, refletindo a confiança dos investidores na virada estratégica liderada por Bob Iger . Um destaque foi o anúncio de um novo parque temático em Abu Dhabi, que deverá ser construído em parceria com a Miral, adotando um modelo de royalties — mitigando riscos financeiros diretos.
Apesar do otimismo, a companhia manifestou cautela diante de possíveis impactos macroeconômicos, mas destacou que as reservas para os próximos trimestres nos parques estão 4% e 7% aquém do ano anterior, um sinal de resiliência.