G1 detona álbum de Cleo: “Sem identidade”

Sem identidade, Cleo segue fórmulas no álbum ‘Dark pop’

Artista transita por atmosfera sombria ao dar voz sem viço a repertório autoral criado em parceria com nomes como a ascendente cantora King Saints e o rapper fluminense TH4I.

Resenha de álbum

Título: Dark pop

Artista: Cleo

Edição: Uno Criativo / Sonora Digital

Cotação: ★ ★

Inexiste no primeiro álbum de Cleo, Dark pop, qualquer traço de originalidade na música, no canto e na formatação da obra autoral da artista carioca de 41 recém-completados em 2 de outubro.

Cinco anos após ter se lançado como cantora com os EPs Jungle kid (2018) e Melhor que eu (2018), Cleo apresenta um primeiro álbum sem identidade, feito com bases em fórmulas sonoras e temáticas seguidas em escala industrial no universo pop brasileiro.

Como falta viço, pegada e alcance à voz da artista, pouco ou nada se salva em Dark pop. As músicas, as batidas e o tratamento da voz da cantora soam déjà vu.

Há, sim, tentativa de esboçar emoção real em Ânsia (Cleo, Arthur Marques e Kika Boom), balada forrada com piano que mais parece vinheta ou interlúdio por durar um minuto e 15 segundos. Outra balada, Vício (Cleo, Arthur Marques, Diego Timbó, King Saints e TH4I), ostenta refrão aliciante e tom mais melódico que contradiz a atmosfera sombria do sintético pop urbano que constitui a matéria-prima do álbum Dark pop.

O título do álbum é certeiro, pois Cleo aposta em estética dark. Se Inferno (Cleo, Diego Timbó, Jackie Apostel, Jennie Mosello, King Saints, Lucas Vaz e Th4I) somente ameaça pegar fogo quando entra o sample da gravação de Ardendo assopra (2004), tema do repertório da funkeira Tati Quebra Barraco, Karma (Cleo, Arthur Marques, Diego Timbó, Jamé, King Saints e TH4I) embute beat de trap e ganha pegada com o rap de King Saints, cantora e compositora fluminense que emergiu no universo pop neste ano de 2023.

King integra – ao lado de Arthur Marques, do rapper fluminense TH4I, cria de Niterói (RJ), e do empresário e produtor Diego Timbó – o time de parceiros recorrentes de Cleo na criação do repertório de Dark pop, álbum apresentado aos poucos pela artista até ficar disponível na íntegra na última sexta-feira, 13 de outubro.

Nem todas as dez músicas são inéditas. Tormento – gravada por Cleo com as rappers Azzy e Karol Conká, parceiras da artista na composição também creditada a Arthur Marques, Diego Timbó, King Saints e TH4I – já foi apresentada há dois anos em single editado em novembro de 2021. Um ano depois, Todo mundo que amei já me fez chorar (Cleo, Arthur Marques, Diego Timbó, King Saints e TH4I, 2022) entrou em rotação em single escorado no clipe dirigido por Belle de Mello e já visto por mais de 1,1 milhão de pessoas.

Da safra inédita do álbum Dark pop, Mente pra mim (Cleo, Arthur Marques, Diego Timbó, King Saints e TH4I) é a faixa mais explicitamente pop que versa sobre o caráter manipulador das relações abusivas, tema em sintonia com o tom sombrio do disco. Em voz mais forte, a música até poderia se tornar hit deste álbum que também põe em pauta o sexo, assunto de Fuck (Cleo, Arthur Marques, King Saints e TH4I), faixa de textura evocativa do rock industrial.

Você não sabe amar (Cleo, Arthur Marques, Chamaleo, King Saints e TH4I) mixa rock e trap com a adesão vocal do cantor Chamaleo. No fecho de Dark pop, Seu fim junta Cleo com Johnny Hooker em gravação que combina a intensidade do pop brega de Hooker com pretensas referências de fado e flamenco na gravação da música, creditada a Cleo em parceria com Diego Timbó, Lucas Vaz, Jackie Apostel, Jenni Mosello, Lucas Vaz e TH4I.

Enfim, embora bem produzido, Dark pop é álbum genérico que nunca vai além da fórmula, traço comum na produção fonográfica brasileira dos anos 2020.

Até o álbum da Ana Maria deve ser melhor

A precursora de Juliette, querendo virar cantora à força.

4 curtidas

nossa nem ouvi isso

Meu Deus, ouvi as previas e incrivelmente parecem descartes da Flay

que pavor

gente pra globo estar detonando essa nepo…

Mas não precisa nem dar play p/ saber disso

habla kkk

Eu sempre fico com dó

Ela nunca deveria ter largado a atuação pra tentar essa carreira

1 curtida

essa carreira musical dela…

a capa um plágio de rebel heart

A tal da Kika Boom, mais conhecida por tentar forçar um viral que nem existe com o Jair Renan.

Nossa mas já fizeram muito em chamar essa coitada de “artista” e em avaliar isso que ela chama de album kkkk

Aí pior que eu gosto dela, entre as drags/trans Z list, Kaya Conk, Potyguara BARDO, Danny Bond, Lia Clark, Mya, etc ela é a única que canta e tem umas músicas fora do eixo funk

Pop BR, um show de plágio

Eu fico em choque que esse povo como a Flay e Cléo acham que tá fazendo uma grande mousse por n trazer o que tá na moda, mas as músicas delas são tão ruins que nem se seguisse uma fórmula seriam boas, os Artistas brasileiros precisam entender que pra ser algo diferente n precisa forçar ser cult, basta se entregar de corpo e alma e pensar desde o início, eu tenho a impressão que alguns lança só pra dizer " eu canto, olha aí"

1 curtida

Imagina como ta o tempo de alguém q ouviu e fez review do album da Cleo Pires

Me choquei mais com ela tá na composição do álbum inteiro. Já é mais artista que a Britney