O governador Rafael Fonteles negou em entrevista na manhã desta terça-feira (29) que a Empresa de Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa) será privatizada com a parceria público privada (PPP) que será leiloada nesta quarta-feira. De acordo com o gestor, a iniciativa terá como objetivo central universalizar a oferta de água potável e o tratamento de esgoto no estado.
O projeto prevê R$ 8,6 bilhões de investimentos ao longo de 35 anos e abrange os 224 municípios, praticamente todo o território do estado, com exceção da zona urbana da capital Teresina, cujo saneamento foi concedido à Aegea em 2017.
Rafael Fonteles comentou sobre o leilão.
“Vamos garantir, a partir desse leilão do serviço de água e esgoto, a universalização do acesso à água e ao esgoto. Investimentos da ordem de 8,6 bilhões de reais, especialmente em esgotamento sanitário. Piauí tem o pior índice do Brasil no interior do Estado. Enquanto a capital já está chegando em 60% de esgotamento sanitário, o interior do Estado não chega a 10%. Então é urgente, é uma questão de saúde pública. Precisamos desses investimentos o mais rapidamente possível. Isso não foi possível ser feito pela Agespisa, segundo o novo marco legal de saneamento. Não havia condições econômicas financeiras, ela não pode participar desse leilão e a gente tem que lançar mão da regra estabelecida pelo Congresso Nacional”, afirmou.
Fonteles negou a possibilidade de “privatização” da empresa.
“Olha, tem um tema aí que tem que ser corrigido. Não se trata de privatização, é uma concessão dos serviços de água e esgoto por um período de 35 anos com um patrimônio permanecendo do povo do Estado do Piauí. O que está sendo concedido são os serviços de água e esgoto. Nada a ver com a Agespisa. Ela, a estatal Agespisa, não cumpriu as regras econômicas financeiras para poder participar desse leilão de concessão. Por isso, a solução de juntar”, finalizou.
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