Fim, série do Globoplay que estreou em 25 de outubro e teve dois novos episódios divulgados nessa quarta-feira (8), confirma o que já pôde se perceber há algum tempo. A plataforma de streaming do Grupo Globo virou o celeiro das melhores séries nacionais, com poucos concorrentes à altura.
O avanço do streaming nos últimos anos, capitaneado pela Netflix, deu um novo gás ao mercado audiovisual brasileiro. Antes, as séries estavam restritas às emissoras de TV, em especial à Globo, que detinha certo monopólio tanto em qualidade quanto em quantidade de produções.
A cena desse mercado em 2023 mostra que as coisas não mudaram tanto assim. No Brasil, a Globo ainda detém o know-how da teledramaturgia, e poucos veículos conseguem resultados próximos ao que a emissora produz e disponibiliza on demand.
A Globo tem a seu favor o poder de alcance na divulgação dos conteúdos – na TV aberta, nenhum outro canal tem tanta audiência. Também tem grande facilidade de reunir talentos em suas produções, ainda que já não mantenha contratos longos com a maioria deles.
Fim confirma tudo isso. A tragicomédia tem o texto mordaz de Fernanda Torres, que adaptou seu livro homônimo; a direção sensível e assertiva de Andrucha Waddington; e um elenco de ótimas performances, com Fábio Assunção, Marjorie Estiano, Débora Falabella, Bruno Mazzeo e outros destaques.
Foram seis episódios divulgados até agora – serão 10, ao todo –, mas o que se viu até aqui está acima da média inclusive do que o próprio Globoplay costuma produzir. Sinal de que a plataforma se supera a cada produção e há muito deixou de ser apenas o acervo on-line do que passa ou já passou na TV, o que já havia ficado evidente na recente Os Outros.
Prime Video tem sido a única plataforma a fazer frente ao Globoplay no Brasil
Justiça seja feita, há acertos pontuais em outras plataformas. A que mais desponta é o Prime Video, com atrações elogiadas, como a recente Cangaço Novo (foto acima) e a celebrada Manhãs de Setembro. Para o ano que vem, a HBO Max promete ingressar com tudo no mercado de novelas.
Outras, como a gigante Netflix, ainda estão devendo um produto brasileiro tão bem acabado quanto esses citados. Já entregou bons títulos, como Bom Dia, Verônica, Coisa Mais Linda e Sintonia, mas também coleciona séries de baixíssima repercussão – a exemplo da infame Maldivas.