Salário de R$ 1.500 e meta de 30 cortes de energia por dia: a rotina dos terceirizados da Enel que são constantemente ameaçados em SP
Após o assassinato de Odail Maximiliano por dono de academia inadimplente na Zona Leste, funcionários a serviço da concessionária narraram ameaças, agressões e medo no atendimento aos clientes. Muitos deles querem abandonar o trabalho por causa da violência. Funcionários de empresas que prestam serviço para a concessionária de energia Enel estão com medo de voltar a fazer cortes de energia na cidade São Paulo, depois do assassinato de um colega de trabalho da empresa PSC Alpitel.
Odail Maximiliano Silva Paula foi morto na quarta-feira (13) pelo dono de uma academia na Vila Marieta, na Zona Leste da capital paulista, ao tentar cortar a energia do estabelecimento por falta de pagamento.
“São ameaças de toda ordem: arma em punho, faca na mão. Pessoal falando: 'se cortar minha luz não vai descer do poste’, esse tipo de situação. E, do outro lado, as empresas colocam câmeras e dispositivos de controle para obrigar que os cortes sejam feitos”, disse Annunciato.
“Todos os dias alguém é agredido e ameaçado. O corte de energia é está no topo das queixas. Mas outro local que tem bastante problema é nas agências. Inclusive, no dia do ocorrido, a agência do Jabaquara foi depredada. Uma cliente estressada quebrou dois computadores. Os atendentes se afastaram e não foram agredidos. Mas já aconteceu muitas agressões dentro das agências”, declarou.
Quando era criança meu pai trabalhava na rua cortando luz e tem inúmeras histórias de clientes que ameaçaram ele com faca, arma ou até surra coletiva. Eu não ia aguentar 1/3 de ameaça pq eu sei que ia revidar e dar merda