A corrida de Melhor Ator para os filmes de 2002 foi tão disputada quanto o Oscar já havia visto há muito tempo. Daniel Day-Lewis tinha apenas vencido uma única vez o Oscar a essa altura de sua carreira, mas ele estava representando o épico Gangues de Nova York de Martin Scorsese com o tipo de desempenho transformador e profundamente comprometido que se tornaria sua marca registrada. Nicholson, enquanto isso, já era três vezes vencedor, e os eleitores do Oscar deixaram claro que não poderiam resistir a ele. Além disso, seu desempenho como corretor de seguros de Nebraska, chegando a um acordo com sua vida insatisfatória, foi saudado como uma partida triunfante da personalidade de Jack diabolicamente encantadora que o ajudou a ganhar seus Oscars anteriores. Os eleitores foram divididos entre eles durante toda a temporada. Nicholson foi selecionado pelos críticos de cinema de Los Angeles; Day-Lewis era o favorito dos críticos de cinema de Nova York. Day-Lewis levou o SAG e o BAFTA. Nicholson triunfou no Globo de Ouro e com o prestigioso AARP Movies for Grownups Awards. Os dois homens empataram no Critics Choice Awards. Os prognosticadores do Oscar nos aconselharam a jogar uma moeda para adivinhar o vencedor.
Mas essa é a coisa engraçada sobre a matemática dos prêmios. Quando dois primeiros colocados em uma corrida de cinco pessoas acabam dividindo os votos de forma bastante equilibrada, o limite para um terceiro colocado para alcançá-lo cai muito para baixo. E então havia Adrien Brody, um ator em ascensão desfrutando de sua primeira indicação por interpretar o compositor da vida real e sobrevivente do Holocausto Władysław Szpilman em O Pianista. Como o único indicado a Melhor Ator naquele ano que ainda não era um vencedor do Oscar (também indicados foram Nicolas Cage por Adaptação e Michael Caine por The Quiet American), Brody foi inicialmente visto como o azarão da categoria, o que tinha suas vantagens. Com O Pianista surgindo no final da corrida ao Oscar – acabaria vencendo por seu roteiro e, controversamente, por seu diretor, Roman Polanski – foi o inesperado triunfo de Brody sobre Nicholson e Day-Lewis que agora vive na tradição do Oscar depois que ele assumiu ao palco e deu um beijo não anunciado na apresentadora Halle Berry.
Brody não ganhou nenhum outro prêmio televisionado nos Estados Unidos. Ele nem ao menos conquistou a maioria das associações de críticos que majoritariamente galardoaram Day Lewis, apesar de Brody ter vencido o National Society of Film Critics
Abaixo o vídeo da vitória, com destaque para as expressões de surpresa dos outros indicados e o famoso beijo eufórico de Adrien Brody em Halle Berry:
O poder de uma grande performance, mesmo com o diretor barrado dos EUA.
Era pra isso ter acontecido com a Kirsten Dunst em Melancolia, que foi altamente boicotada devido aos comentários do diretor sobre nazismo.
A Kirsten não mereceu o que aconteceu com ela. Era a favorita e teria levado se fosse indicada. Queria tanto ela levando esse ano pra compensar o que aconteceu em Melancolia
Não, mas depois desse filme ele foi.
Era pra ser antes dele, porém eu acredito que por ser um diretor de tantas obras marcantes, ainda pensaram sobre…E também, década 00s…Tanta baixaria rolava e ngm ligava.
Esse desgracado é tão talentoso, mas lixo ao mesmo tempo. O ano que a Kirsten não foi indicada, foi o ano que a Sandra Bullock levou o Oscar por The Blind Side, se não me engano. Ela facilmente engoliu todas as indicadas com facilidade.
Caso não fosse desse jeito, talvez a vitória da Sandra fosse por Gravity, já que merecia.
Gangs of New York é um dos papéis mais marcantes do Daniel, mesmo não sendo um filme tão comentado do Scorsese…Acredito que o Daniel deveria ter levado o segundo Oscar por In The Name of The Father, porém o tempo foi essencial. O segundo veio com There Will Be Blood, a melhor performance da carreira do rei.
Isso nem pesou na carreira dele…Depois disso, ele teve mais 3 filmes super comentados. Sempre será um diretor amado pelos cinefilos, ainda mais quando tem atores fora dessa bolha no elenco dele.