Líder do grupo Wagner acusa governo russo de ataques e mercenários se mobilizam; Moscou tem segurança reforçada
Acusações feitas por Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo mercenário Wagner, que apoia a Rússia na guerra, levaram parte dos combatentes da organização a se mobilizar nesta sexta-feira (23). A segurança de instalações importantes de Moscou tiveram a segurança reforça, segundo a agência estatal Tass.
O vice-comandante da campanha russa na Ucrânia, general Sergei Surovikin, pediu que os milicianos retornassem às suas bases e apoiassem o governo russo. “Peço que parem”, disse ele em postagem nas redes sociais. “O inimigo está apenas esperando que a situação política interna piore em nosso país.”
Prigozhin acusou o próprio Ministério de Defesa da Rússia de atacar acampamentos da organização dele. Uma enorme quantidade de combatentes do grupo teria morrido. Prigozhin prometeu retaliação.
“Estávamos prontos para fazer concessões ao Ministério da Defesa, entregar nossas armas”, disse Prigozhin em uma mensagem de áudio divulgada por seus porta-vozes. “Hoje, vendo que não fomos derrotados, eles realizaram ataques com mísseis em nossos acampamentos de retaguarda.”
O Ministério da Defesa emitiu rapidamente um comunicado no qual afirma que as acusações de Prigozhin “não correspondem à realidade e são uma provocação informativa”. Segundo as autoridades, o presidente do país, Vladimir Putin, está ciente da situação e todas as medidas necessárias estão sendo tomadas.
A FSB, um dos serviços de segurança da Rússia, abriu um caso criminal contra Prigozhin. Ele é acusado de instigar um motim (um levante contra a autoridade militar), crime punível com até 20 anos de prisão no país.
“Pedimos aos combatentes do PMC que não cometam um erro irreparável, parem quaisquer ações enérgicas contra o povo russo, não cumpram as ordens criminosas e traiçoeiras de Prigozhin e tomem medidas para detê-lo”, diz o comunicado.
A resposta das autoridades veio após Prigozhin dizer que o “mal” da liderança militar russa “deve ser interrompido” e que tem 25 mil soldados prontos para lutar.
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