Alberto Fernández se despede na Argentina e admite fracasso

Fernández se despede na Argentina e admite fracasso econômico e de justiça social

Peronista também culpa dívida com FMI adquirida sob gestão Macri, exalta direito ao aborto e lucro da Aerolíneas Argentinas

Em seu penúltimo dia na Casa Rosada, Alberto Fernández se despediu da Presidência da Argentina com um discurso em rede nacional de TV nesta sexta-feira (8) no qual admitiu o fracasso da agenda econômica e de combate às desigualdades de seu governo.

“Foram desafios inconclusos, e não fujo à culpa”, disse o peronista. “Não alcançamos uma matriz econômica sólida, que permita acesso a uma vida digna. Ampliamos direitos, mas ainda falta. Colocamos a justiça social como horizonte, mas não a alcançamos”, listou.

Mas ele não fugiu às tradicionais críticas feitas por seu governo à gestão anterior, de Mauricio Macri, figura que apoiou o presidente eleito, Javier Milei, e cujos correligionários comporão os ministérios.

“Sei que tenho responsabilidade, mesmo quando o contexto argentino fez de tudo muito mais complexo”, disse Fernández. “Mas sofremos os efeitos negativos da dívida que o governo que me precedeu assumiu. Essa é a principal causa da nossa atual crise econômica.”

Sob Macri, o país fez um empréstimo de US$ 57 bilhões com o Fundo Monetário Internacional em 2018. Desde então, e já sob Fernández, a Argentina reescalonou a dívida, renegociando-a para US$ 44 bilhões. Fernández e sua vice, Cristina Kirchner, dizem que o empréstimo, o maior já feito por um país com o Fundo, sufoca a economia.

Em nenhum momento o líder cessante mencionou seu sucessor, Milei, nominalmente. Mas os recados à política que o novo ocupante da Casa Rosada promete colocar em prática permearam o discurso de meia hora gravado na manhã desta sexta.

“Tenho confiança em nosso povo e na sua capacidade de defender os valores da vida em comum e dos direitos que foram conquistados até aqui”, disse Alberto Fernández.

Fernández fez inúmeras menções aos 40 anos da retomada de democracia argentina, celebrados justamente neste domingo (10), quando Milei será empossado durante cerimônia com a presença de vários líderes internacionais —o presidente Lula (PT) não irá, mas seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL) não só está em Buenos Aires como também é tratado como convidado de honra.

“A geração que se despediu da ditadura, com medo de que em algum momento de nossa história se repetisse o ciclo de autoritarismo, não poderia imaginar que, quatro décadas mais tarde, nós viveríamos a transição de um governo de uma força política para outra completamente diferente. Ambas eleitas pelo povo.”

Também mencionou outros desafios que perpassaram seu governo, a saber: a pandemia de coronavírus, a Guerra da Ucrânia —“que distorceu todos os preços de energia e alimentos no mundo”— e a seca que assolou a Argentina e alguns vizinhos, como o Uruguai.

Sua declaração à nação também listou ações de seu governo que, ele sabe, são alvos de Milei, como num recado ao sucessor. Fernández mencionou a legalização do aborto até a 14ª semana de gestação (“Fizemos história, essa era uma dívida da democracia”) e a o lucro da Aerolíneas Argentinas, estatal reestatizada em 2008 (“É um verdadeiro orgulho a companhia aérea que carrega a nossa bandeira”).

No início deste mês, a companhia informou que projeta um lucro de US$ 32 milhões para o exercício de 2023, o que representaria a primeira vez que seu balanço sai do vermelho desde sua reestatização.

Mencionou ainda a inauguração do gasoduto Vaca Muerta, com o qual o país, sob sua chefia, mirou a independência energética e exportação.

“É importante dizer que no próximo ano entrará dinheiro de nossas exportações de gás, graças a esse gasoduto que construímos. Daqui até 2030 nossas exportações de bens e serviços vão crescer 80%”, disse, como quem sugere que os possíveis louros a serem colhidos pela gestão de Milei têm, também, uma participação sua.

“Fui injuriado, caluniado, mas não denunciei nenhum jornalista. Em nosso governo não houve perseguições judiciais ou políticas. Nós respeitamos a liberdade de imprensa. Jamais usamos a estrutura do Estado para calar uma voz”, finalizou.

Em relação a Cristina, sua vice com quem manteve relação tensa durante quase todo o mandato, fez duas curtas menções.

Primeiro, disse que, “como sempre acreditou Cristina” e Néstor Kirchner, “fazemos política para transformar o país”, demarcando o que chamou de “reconhecimento” à vice.

Em outra passagem, lembrou o atentado contra Cristina ocorrido em setembro de 2022, quando Fernando Andrés Sabag Montiel, um brasileiro, tentou atirar na ex-presidente argentina, mas sua arma falhou. O episódio levou multidões às ruas à época, mas mobilizou pouco da base peronista ao longo da campanha eleitoral de 2023.

Tchau esquerdista de merda, o proxim é o lula

É o mínimo que um estadista de verdade pode fazer: admitir os erros e passar a bola democraticamente. Diferente dos babacas lunáticos da extrema-direita que é mimada e culpa absolutamente TUDO que existe, exceto suas gigantes falhas.

Ele sai quebrado, mas sai grande.

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fez comentário beirada para transfobia,depois disse que não era
denunciaram e não aconteceu nada

mas uma hora vai no recheio

Se toca, minha filha. Só não desejo que você viva num país entreguista, privatizado e sem direitos humanos pois eu também viveria nele, mas é o que você merece.

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Foice e martelo kkkkkkk vai pra cuba passar fome

Hora de tomar o remedio carluxo

ele flopou muito
pqp

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Imagina falar de passar fome em algum outro lugar morando no Brasil

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a @T.T forçando mas quando a corda do ban apertar ela diz que eh o personagem troll kkk

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Bac ele me chamou de esquerdista e mandou eu ir pra cuba

Ele afundou a Argentina e o novo presidente vai terminar de enterrar

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o bac eh do partido novo ele tá do seu lado

Percebe-se que você não conhece nada sobre Cuba, pois te digo que lá existe um sistema de distribuição alimentícia, no qual cada família recebe mensal e gratuitamente uma cesta de alimentos do governo, mesmo diante do bloqueio capitalista.

Quer indicações de livros, seu merda?

Ele é divo então

quem afundou foi o macri

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Eu só leio tweets desculpe

Está bem óbvio isso

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O bolsominion no topico, vai fazer acampamento na frente de algum quartel vai

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Pra mim a culpa de tudo está na Cristina Kirchner e no falecido marido kkk na época que eles governaram a Argentina até cresceu bastante mas não cuidaram da inflação, não aproveitaram o preço em alta dos produtos que eles vendem para fazer algumas reformas na economia sem sacrificar a população. Agora o país vai ter que comer o pão que o diabo amassou com o Milei pra tentar mudar de rumo e ter algum futuro.