Por que show de Taylor Swift causa essa comoção? ‘Estadão’ viu e explica catarse e melhores momentos

Turnê que passa pelo Brasil em novembro e causou desespero por ingressos é maratona cheia de desabafos, indiretas, muitos cenários e menos dança. Saiba como foi show de 3h30 nos EUA

Os fãs brasileiros de Taylor Swift podem se preparar fisicamente e emocionalmente para a passagem da The Eras Tour no Brasil, em novembro. O Estadão acompanhou no sábado, 5, o terceiro show da cantora no SoFi Stadium, em Los Angeles, a última cidade da primeira perna americana da turnê. Foram quase três horas e meia de performance, com intervalos breves para a troca de figurinos. Ao todo, a loira apresentou 45 músicas de quase todos os seus álbuns, à exceção do primeiro, e o público cantou apaixonadamente.

Depois de cinco anos sem fazer turnê – a Lover Fest, que passaria pelo Brasil, foi cancelada por causa da pandemia –, TayTay decidiu que ia entregar tudo. “Essa turnê tem mais significado do que tudo o que aconteceu na minha vida até agora. E isso certamente foi potencializado porque fiquei cinco anos sem fazer”, disse ela em uma de suas muitas interações com a plateia.

“Eu realmente senti falta de vocês. Porque se alguma coisa acontece na minha vida, eu escrevo sobre isso, mostro para vocês, perguntando: ‘Gostam?’ Esse é meu processo emocional. Se vocês balançam a cabeça ou, melhor ainda, sabem as letras, isso prova para mim que eu não estava sozinha, e vocês estão validando o que eu estava sentindo ao escrever a música no meu quarto.”

Quando eu não estava podendo fazer shows, pensei: Como manter essa conexão, que é tão curativa e catártica para mim? Pensei: Vou fazer e lançar tantos álbuns quanto for humanamente possível.”

Nesse período, ela colocou no mundo os inéditos Folklore, Evermore e Midnights e suas versões regravadas de Fearless, Red e Speak Now, devido à disputa com Scooter Braun pelas matrizes de suas canções.

O show é dividido por blocos que agrupam as músicas de cada álbum, mas não de maneira cronológica. Pela ordem, ela cantou faixas de Lover, Fearless, Evermore, Reputation, Speak Now, Red, Folklore, 1989 e Midnights, além de duas surpresas, que mudam a cada apresentação – na noite de sábado, foram Death by a Thousand Cuts, de Lover, e You’re on Your Own, Kid, de Midnights.

A cada passagem de álbum, ela troca de figurino, além de fazer algumas adaptações no palco mesmo, incluindo um blazer ou um vestido, sempre inspirada nos estilos de suas diferentes eras.

Taylor Swift aposta em uma apresentação teatral, com alguns números inspirados em musicais da Broadway, com cenários e atmosferas que mudam a cada álbum, tornando o evento bastante dinâmico.

Ela também escolhe interagir com a plateia conversando, apontando, fazendo coração com as mãos e, principalmente, com expressões faciais divertidas ou que reproduzem cenas de seus vídeos e que funcionam muito bem nos telões.

Dança menos do que antes – dança sempre foi seu ponto fraco, mas também um dos motivos de conexão com os fãs, que a enxergam como uma amiga, gente como a gente. Assim, ela consegue fazer com que os momentos cheios de energia, dos hits dançantes, fiquem mais divertidos, e trazer a plateia junto nas canções mais intimistas.

Cruel Summer

Logo no começo, depois de uma Miss Americana & The Heartbreak Prince abreviada, ela canta a música do álbum Lover , de 2019, que só virou single recentemente. “Alguém aqui sabe a letra?”, perguntou ela à plateia. A resposta foi clara: Sim! Conhecida por suas pontes, ela anuncia a primeira da noite, para o público cantar alto, junto. Ela seguiu apontando para seções da plateia e recebendo em troca gritos animados. É bom os brasileiros irem decorando as letras, porque isso é parte fundamental da performance.

Willow

O palco vira uma floresta encantada para a seção Evermore . Em Los Angeles, o segmento inicia com a participação de HAIM, uma das atrações de abertura, em No Body, No Crime – no Brasil, quem abre para Taylor Swift é Sabrina Carpenter. Mas é Willow um dos momentos mais bonitos do show, com os bailarinos segurando bolas laranja, e Taylor usando uma capa, tal qual Branca de Neve, enquanto as pulseiras da plateia piscam luzes laranja. Na sequência, ela canta Marjorie , escrita para sua avó. Nessa hora, o público acende seus celulares, tornando a música uma homenagem a Marjorie Finlay, morta em 2003.

Tolerate it

O momento mais teatral do show, em que a cantora arruma uma mesa com cuidado, seu namorado chega, mas ele não lhe dá atenção. Taylor protesta, dramaticamente.

…Ready for It?

Em um macacão de paetês vermelho e preto, com uma perna só, a parte dedicada a Reputation é sexy e empoderada. Aqui, ela dança e termina com uma viradinha para trás.

Todo o segmento de Red

É uma sequência imbatível, que começa com 22, uma música sobre autoconfiança da juventude, com Taylor usando uma camiseta que brinca com o figurino original, que dizia: “Not a lot going on at the moment” (pouca coisa acontecendo no momento). Na nova roupa, o “not” sumiu, então a camiseta diz: “Muita coisa acontecendo no momento”. É divertido ver a cantora voltando 11 anos em sua história. Em seguida, ela emenda We Are Never Ever Getting Back Together, I Knew You Were Trouble e a versão de dez minutos de All Too Well, que levou o público à loucura, mesmo sendo só ela e seu violão.

Betty

Em Folklore, a loirinha conta que se imaginou como uma escritora vitoriana em vez da millennial que é, vivendo em uma floresta em meio à pandemia. Por isso, surge no palco uma cabana em tamanho natural. Para o álbum, Swift abandonou um pouco o tom confessional e criou personagens e suas histórias, como a adolescente Betty.

Todo o segmento 1989

É difícil escapar dos hits, ainda mais quando você tem uma sequência como Blank Space, Shake it Off, Wildest Dreams e Bad Blood. É o momento de Taylor Swift se divertir e de o público cantar, dançar e pular muito.

Músicas-surpresa

Em um momento acústico, ela faz performances de uma ou duas canções que não estão no setlist. É aqui que podem entrar faixas como Tim McGraw , de seu primeiro disco, que não está na lista oficial da Eras Tour . Na noite de sábado, ela cantou Death by a Thousand Cuts , de Lover , no violão, e You’re on Your Own, Kid , de Midnights , no piano. Depois, ela mergulha no palco, em uma das muitas aberturas para troca de figurino. Um efeito visual faz parecer que ela nada até o final do braço do palco que se estende pela pista.

Karma

Com uma jaqueta de fios brilhantes coloridos, Taylor Swift canta sobre carma, uma clara referência à situação com Scooter Braun, que perpassa todo o show. É a cantora retomando as rédeas de sua obra e de sua carreira, terminando um show épico com uma nota empoderada e para cima.

11 curtidas

@Swifties ansiosa pra novembro

1 curtida

A industria q é noticia em todos países
amoooo

só mentiram na parte do ‘dança sempre foi seu ponto forte’

Babilônica
Apoteótica
Magistral
Épica
O momento desde 2006
Acima de muitas e nenhuma acima dela.

O mundo é teu mamãe

Eu só fascinado pela performance de Willow e tolerate It! São bem teatrais e muito bem produzida

Eles enfatizando que ela não precisa dançar pra dominar o palco e fazer um show excelente.

6 curtidas

isso é old

NOSSA EU VOU PASSAR MAL GENTE EM NOVEMBRO, TAYLOR SWIFT E RBD COM DIFERENÇA DE DIAS. SOCORRO

Meio que amei a review

Deitou né?

Ali tá ponto fraco

Mas os viadinhos da BC me prometeram que ela não tem presença de palco

ai eu amei a matéria, ela vai emocionar tanto com don’t blame me seguida de LWYMMD

editaram ou foi minha dislexia que atacou

Esses dias teve hate teimando comigo que a Taylor força pra fazer performance de dança. Óbvio que esse não é o propósito do show e ela não precisa disso pra se destacar. Só pq ela usa uma cadeira pra pagar de gostosa em Vigilante