Mesmo sem ter confirmado oficialmente o retorno da Fórmula 1, a Globo começa a se articular para ter sucesso comercial com a transmissão das corridas em 2025. A emissora começou a oferecer e sondar as corridas para o mercado publicitário.
Segundo apurou a coluna, o retorno da primeira investida foi considera positiva. Anunciantes que compraram espaços na Band em 2024, como Claro e Heineken, se mostraram otimistas e consideram continuar patrocinando transmissões da Fórmula 1.
Um pacote comercial será colocado no mercado no fim de outubro, quando o contrato deverá ser assinado formalmente. Até a década passada, a Globo chegava a arrecadar quase R$ 500 milhões com a principal categoria de automobilismo do mundo.
A Globo foi a responsável pela grande popularidade da categoria no Brasil, através da exibição ininterrupta em TV aberta entre 1981 e 2020. A falta de um piloto brasileiro competitivo fez a Fórmula 1 ter queda na audiência.
No entanto, a Globo enxerga que voltar a exibir as provas é uma grande oportunidade comercial. Mesmo nos anos mais sombrios em termos de ibope, a Fórmula 1 sempre foi um êxito publicitário devido ao apelo junto às classes AB, de maior poder aquisitivo.
Em 2025, a Globo vai mostrar corridas importantes como a corrida no Brasil e em Mônico, além de outras que tenham horários interessantes para a emissora. Estima-se nos bastidores a exibição de 15 corridas. O restante, bem como a Fórmula 2 e Fórmula 3, irão ao ar no SporTV.
Crise com a Band
A volta da Fórmula 1 na Globo está ligada a uma crise que envolveu a Liberty Media e a Band, que fez a transmissão no Brasil desde 2021.
A empresa teve problemas para realizar pagamentos como fora acordado à época. A Band e a Liberty dividiam, de forma igualitária, os valores pagos por patrocinadores até 2022.
Em 2023, houve uma mudança de contrato por causa de uma proposta do SBT, e a Band topou pagar diretamente pelo evento. A emissora acertou o valor de US$ 15 milhões (R$ 84,3 milhões) por temporada.
Com a mudança, a Band passou a ter problemas para cumprir os compromissos. Um caso, que ocorreu no ano passado, fez o caldo engrossar. Uma casa de aposta comprou uma cota de patrocínio de R$ 20 milhões, mas não pagou o valor e fez a emissora amargar prejuízo. O problema virou um processo na Justiça.