Detalhes da ação de Caetano Veloso que envolve papa e Lula

Cá entre nós, não há nada pior do que fofoca contada pela metade, não é mesmo? E a coluna Fábia Oliveira tem o dever de agir nessas situações.

Em outubro deste ano, diversos veículos de imprensa divulgaram que um dos maiores nomes da MPB, Caetano Veloso, entrou com processo contra um homem chamado Daniel Sousa Lima pedindo indenização por danos morais. Acontece que a história completa não foi lá muito bem contada, e é isso o que faremos agora.

Em contato exclusivo com os autos do processo, descobrimos que a história toda começou por causa do encontro que o cantor teve com o papa em 28 de setembro deste ano.

Daniel, réu da ação, não gostou nem um pouco da situação. Por meio do Instagram, na época com sete mil seguidores, junto a uma foto em que Caetano aparece, ele disparou: “O Brasil saiu da Aliança Contra o Aborto, com o apoio de artistas como você! Falou isso para o Papa, seu canalha, hipócrita e oportunista?!?”.

Não satisfeito, ele ainda marcou Caetano Veloso na postagem, deixando clara sua intenção de mandar o recado para o artista.

O caso foi parar na Justiça. Na petição inicial, Veloso relembrou a importância do ativismo durante a Ditadura Militar e pontuou que seu ativismo hoje, já com mais idade, não é o mesmo, mas que segue suscitando debates políticos e apresentando as opiniões que acredita enquanto cidadão.

Quem aí não se lembra da frase de Caetano Veloso que entrou para a história dos memes: “Isso aí que você disse é tudo burrice”? Pois bem, o artista fez questão de dizer tudo aquilo que, ao seu ver, o réu fala e é, no fundo, uma grande burrice.

E, no meio dessa história toda, até o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acabou sendo envolvido. Caetano Veloso expôs uma postagem do réu em que ele fala que 60 milhões de pessoas votaram em um ex-presidiário condenado e que, segundo ele, teria sido salvo pelo que chamou de uma “canetada de Facchin”.

E a treta não acaba aí! A fim de provar um ponto de vista, Veloso ainda expôs que Daniel chamou o presidente de “chefe de quadrilha, mafioso, mentiroso e trombadinha”.

Outro ponto que ele abordou é o fato curioso de que Daniel se apresenta no Instagram como membro de uma igreja, a Missão do Encorajamento, e que faz referência a diversos salmos bíblicos, mas não hesitou em agredir, com palavras, o cantor e o atual presidente.

A condenação por danos morais, conforme já divulgado por outros canais, foi de R$ 10 mil. No próprio mês de outubro, Caetano Veloso arcou com as custas do processo, demonstrando estar atento a tudo, de forma que a ação corra conforme o esperado e o réu seja punido, se a Justiça assim entender.

Acontece que, até o presente momento, Daniel não foi citado. O fim do ano se aproxima e, com ele, o recesso forense, período de respiro para os tribunais e seus integrantes. Com isso, é provável que esse caso só se tenha avanços consideráveis no ano de 2024.

Mas não há virada de ano que desnorteie a memória e atenção da coluna Fábia Oliveira. Ficaremos atentos e, logo mais, traremos novidades de uma briga judicial rara, dado que Caetano Veloso pouquíssimas vezes tem seu nome envolvido nesse tipo de polêmica.

o título nada a ver com a matéria