Os jogos de computador foram recentemente sugeridos como estando associados a benefícios cognitivos, mas seu impacto sobre o surgimento de demência ainda é incerto. O objetivo deste estudo foi investigar as associações observacionais entre jogar no computador e o aparecimento de demência, funções cognitivas e medidas estruturais do cérebro, além de explorar as associações genéticas entre jogos de computador e demência.
Foram incluídos 471.346 participantes britânicos brancos sem demência no início do estudo, com base no banco de dados do UK Biobank, acompanhados até novembro de 2022. O risco de demência foi estimado por meio de modelos de riscos proporcionais de Cox, enquanto as alterações nas funções cognitivas e medidas estruturais cerebrais foram avaliadas usando modelos de regressão logística e regressão linear. Análises de randomização mendeliana (MR) foram realizadas para examinar a associação entre a predisposição genética para jogar no computador e o risco de demência.
Alta frequência de jogos de computador esteve associada a um risco reduzido de demência incidente (HR: 0,81 [IC 95%: 0,69–0,94]). Indivíduos que jogavam com maior frequência apresentaram melhor desempenho em memória prospectiva (OR: 1,46 [1,26–1,70]), tempo de reação (beta: -0,195 [-0,243– -0,147]), inteligência fluida (0,334 [0,286–0,382]), memória numérica (0,107 [0,047–0,166]), teste de pares incorretos (-0,253 [-0,302– -0,203]) e maior volume de substância cinzenta no hipocampo (0,078 [0,023–0,134]). Geneticamente, uma maior propensão para jogar no computador também foi associada a menor risco de demência (OR: 0,37 [0,15–0,91]).
Em conclusão, jogar no computador esteve associado a menor risco de demência, melhor desempenho cognitivo e estrutura cerebral mais saudável, sugerindo que os jogos de computador podem modular a função cognitiva e representar um alvo promissor na prevenção da demência.
BABADOH IRMÃS VAMO BOTAR A FAMILIA TODA PRA JOGAR @Gaymers