Kênia Barbara se despede nesta semana da Lucília de “Amor perfeito”, personagem que ganhou destaque na trama nos capítulos mais recentes e que será assassinada a mando de Gilda (Mariana Ximenes). Aos 33 anos de idade e com 25 de carreira, a atriz conta que está realizando um sonho profissional:
— São anos lutando para conquistar esse espaço e personagens que realmente me permitam mostrar o meu trabalho. Comecei a fazer teatro aos 8 anos e nunca mais parei.
Nas redes sociais, ela conta que se surpreendeu com a torcida fervorosa do público para que Gilda e Lucília se tornassem um casal.
— O público comenta muito sobre a química entre as duas e adora vê-las juntas nessa cumplicidade. Alguns dizem que a solução seria elas adotarem Marcelino (Levi Asaf) e serem donas do hotel, felizes como uma família (risos). É maravilhoso ver o desejo de um casal lésbico formando uma família numa novela de época no horário das 18h. É um ótimo sinal de que estamos avançando — comenta.
No ar também em “Os outros”, do Globoplay, a atriz vive uma ótima fase profissional, mas conta que já enfrentou muitas dificuldades e até cogitou desistir:
— Pensei em desistir uma única vez depois de não passar numa seletiva. Fiquei angustiada e pensei que essa profissão não era para mim. Mas logo passou. Eu me considero uma pessoa muito obstinada e teimosa.
Na série, ela interpreta Joana, ex-mulher de Sérgio (Eduardo Sterblitch), e está confirmada na segunda temporada da série:
— É um trabalho completamente diferente da novela. Nos traz para uma realidade mais contemporânea. Joana é uma personagem que teve uma gravidez não planejada na adolescência, vive uma relação tóxica e abusiva e se tornou dependente financeiramente de Sérgio. Ela tem mágoas, traumas e uma solidão enorme. Acho que ainda há muito a descobrir sobre ela nos próximos episódios.
Além da carreira artística, Kênia é formada em psicologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e teve vários outros empregos antes de se estabilizar:
— Entrar numa universidade pública era outro sonho da minha vida. Me formei em 2017, depois de trancar o curso por um tempo para estudar teatro no Rio. Nesse período, mesmo com a ajuda dos meus pais, tive que trabalhar em diversos empregos para me sustentar. Fui animadora de festas, cantando músicas infantis, além de vendedora de roupas numa loja. Também trabalhei num restaurante.
Ela não chegou a atuar como psicóloga profissional, mas diz que ainda tem planos na área:
— Só clinicava durante o período do estágio. Mas não desisti. Quero fazer mestrado na área. Fui aprovada no ano passado num mestrado e acabei não iniciando. Mas é algo que quero fazer paralelamente. A carreira artística sempre será a prioridade.