JACK SPARROW? Pedro Carvalho se inspirou em Piratas do Caribe para fazer vilão de Fuzuê: 'Espaçoso'

Em sua quarta novela no Brasil depois de uma longa carreira em Portugal, Pedro Carvalho encara o desafio de viver seu primeiro vilão na Globo. Para construir o Rui, de Fuzuê, o galã buscou inspirações bem distintas: de Jack Sparrow, vivido por Johnny Depp na franquia Piratas do Caribe, a Simon Leviev, mais conhecido como Golpista do Tinder.

“Do Jack Sparrow, eu trouxe a questão de o Rui ser um cara muito à vontade, que ocupa muito espaço, um cara de pau. E, como ele é pilantra, um 171, que consegue armar as maiores armadilhas para os outros caírem, fui ver O Golpista do Tinder [2022] também”, explica Carvalho ao Notícias da TV.

O mais curioso é que, apesar de ter mirado em Jack Sparrow, o ator defende que Rui é um dos personagens mais realistas de Fuzuê, folhetim que carrega nas tintas e exagera nos estereótipos de mocinhos e vilões. “É uma novela que tem até uma cor diferente, a linguagem é outra, mas tem alguns papéis que são mais realistas. O Rui, a Bebel [Lilia Cabral] e o Nero [Edson Celulari] têm os pés na realidade. No meu caso, o Rui só tem devaneios muito grandes (risos).”

Rui também entrou na novela das sete recheado de segredos --em especial sobre sua relação com Olívia (Jessica Córes), que alega estar grávida do mocinho, Miguel (Nicolas Prattes). O público já levanta a possibilidade de o malandro ser o pai do bebê que a modelo espera e, como ele a chantageia por causa do passado, também há suspeitas de que ela seria prostituta na Europa.

Questionado pela reportagem sobre a relação do agente com a modelo, o português cai na risada e desconversa. Carvalho só confirma que os dois não são primos de verdade, como alegam. “Isso eu posso dizer, com certeza. O Rui sabe muita coisa da Olívia, ela tem um passado bem louco e fica com medo de ele contar. E ele vai se aproveitar disso para fazer o que quiser com ela. O resto vocês vão ter que esperar para ver”, provoca o ator.

Pedro confessa que sabe alguns dos mistérios de Rui, mas não todos. “O Gustavo [Reiz, autor de Fuzuê] me contou uma parte para eu poder construir o personagem. Mas ele planta muitas coisas no roteiro, e às vezes eu fico confuso (risos). Hoje mesmo quis ligar para o Gustavo ou para o Fabrício [Mamberti, diretor artístico] para entender umas cenas. O que eu sei é que o Rui tem a habilidade de convencer qualquer um e vai se aliando a quem for interessante para seus planos. Ele só pensa no bem dele”, resume.

Para a sorte do intérprete, sua relação com Gustavo Reiz é de amizade: o autor foi o responsável por sua estreia na TV brasileira , em Escrava Mãe (2016), da Record. Carvalho até tinha outros projetos em vista, mas abriu mão de todos quando surgiu o convite para Fuzuê. “Tinha outra novela em outro horário e uma série no streaming, mas iam coincidir as gravações, eu tive que escolher.”

Não foi uma decisão tão difícil, assegura. “Pensei: ‘O Gustavo me convidou, fez o personagem para mim’. É a primeira novela dele na Globo, ele me trouxe para a minha primeira novela no Brasil, me escalou sem nem me conhecer, abriu portas para mim aqui. É muito simbólico eu fazer Fuzuê, não podia escolher outro projeto que não fosse esse, sou muito grato às pessoas que passam pela minha vida. Meu coração falou que eu tinha que estar em Fuzuê.”

O fato de poder fazer um vilão também pesou, é claro. “Já tinha vivido vários em Portugal, mas aqui no Brasil é o primeiro. E o Rui não é um vilão que mata, tem várias camadas. Eu gosto que ele é muito sarcástico, tem cenas que ele zoa até a Preciosa [Marina Ruy Barbosa]. E de repente ele fala português do Brasil, sem o sotaque português, então não está sendo honesto sobre quem diz ser. Ele é ardiloso, e eu estou tirando muito proveito disso”, valoriza.

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