Wang Xing ficou apenas quatro dias na rede de tráfico humano que mantêm pelo menos dois brasileiros reféns desde o fim de 2024
Familiares do brasileiro Phelipe de Moura Ferreira, de 26 anos, vítima de um esquema internacional de tráfico humano na região de Mianmar, no Sudeste Asiático, pressionam por respostas sobre o paradeiro dele e de outros jovens que estariam mantidos reféns na mesma localidade onde um ator chinês identificado como Wang Xing foi resgatado no início desta semana.
Além de Phelipe, o paulistano Luckas Viana dos Santos, de 31 anos, também segue preso no KK Park — área que contempla um complexo de “fábricas de golpes” nas quais estrangeiros aliciados por falsas promessas de empregos são obrigados a aplicar fraudes cibernéticas em vítimas ao redor do planeta.
Pai de Phelipe, Antonio Carlos Ferreira diz não ter nenhuma notícia sobre o filho desde o último domingo, dia 5 de janeiro. Ele recebia atualizações por uma rede social.
— A última atualização que tive entre ontem e hoje é que está tendo uma operação lá para tentar resgatar eles. Mas é uma atitude da ONG, e não da embaixada do Brasil — explica: — Dizem que aquela é difícil de chegar, mas porque para resgatar o ator não foi difícil? É revoltante — questiona Antonio.