Primeira paquita, Andrea Veiga diz que não conseguiu juntar dinheiro com o grupo e que não sabia de situações abusivas

Primeira Paquita da Xuxa, Andrea Veiga revela que não passou pelas situações de assédio moral que outras assistentes de palco da apresentadora relataram no documentário do Globoplay. Ela conta que, assim como o público, se sentiu surpresa com algumas situações:

— Tem coisas que nem eu, como Paquita, sabia que as outras meninas tinham passado. Eu fiquei sabendo pelo documentário também. Então, eu acho que foi uma surpresa para o público e para muitas de nós. Não sabíamos coisas básicas que as outras gerações tinham passado. Era tudo muito velado na época, não se podia falar nada. Muita coisa me surpreendeu. Isso de a Marlene (Mattos, diretora) colocar as meninas de calcinha para ver se estavam gordas ou magras, eu nunca passei por isso.

Andrea deixou de ser Paquita em 1988 e, apesar de receber salário e cachê pelos shows, diz que não chegou a juntar dinheiro naquela época:

— Eu não juntei um tostão. Eu ganhava salário e cachê de show. Também ganhei pela vendagem do meu LP. Mas, como Paquita, eu saí exatamente na hora em que elas começaram a ganhar dinheiro, que foi quando gravaram o disco “É tão bom”. Nessa época, eu já não estava mais. A partir daquele momento, todas começaram a ganhar dinheiro porque, além de ter sido um grande sucesso, fizeram muitos shows. Eu saí justamente na hora de recolher o dízimo (risos).

Atriz, Andrea agora se dedica aos ensaios do espetáculo que fará em tributo a Nara Leão:

— A peça se chama “Diz que fui por aí”. A direção é da Luciana Braga, e eu faço o espetáculo com a pianista Camila Diaz. Vamos viajar o Brasil com esse show. Por causa dos meus pais, eu cresci ouvindo Bossa Nova em casa. A Nara Leão tem toda uma ligação com a minha vida. Por isso, resolvi desenvolver esse projeto, que vamos colocar na estrada em breve.