Isabela Cristina de Lima está mais consciente do que quer, pois passou a respeitar o seu tempo. Nossa cover girl Iza sente-se muito mais segura às vésperas de completar 33 anos, neste domingo (03.09). “Estou feliz e relaxada”, diz. “Sei o que funciona para mim e o que não.”
A cantora estrela uma de nossas capas da edição de setembro, em um editorial majestoso com ode a Nollywood – potência cinematográfica da Nigéria – ao reverenciar mulheres pretas poderosas, flertando ainda com a realeza e signos de riqueza e poder ocidentais. A estética casa, também, com o álbum “Afrodhit”. O segundo de estúdio, sucessor de “Dona de Mim” (2018), chegou às plataformas no começo de agosto. “Tentei lançar mais coisas em menos tempo com a profundidade que tento dar aos meus trabalhos. E foi impossível no sentido emocional e mental. Fico superestressada. Não funciona”, decreta.
O novo trabalho versa sobre se apaixonar, se envolver e o amor em diferentes formas – como ela mesma experienciou após o término de seu casamento no fim do ano passado. “Queria falar sobre minhas experiências, que giravam entre amor-próprio, se apaixonar de novo, desapaixonar e tédio”, destaca. Não era a intenção, mas acabou acontecendo. “Ter essa consciência foi libertador para mim.
Para poder criar, expor sentimentos dos quais a gente, geralmente, não se orgulha, como raiva e rancor.” No início do ano, a cantora descartou um disco completo por não se identificar com o repertório e começou novamente do zero com mais liberdade para dar pitaco na produção.
E, por mais que haja cobrança por parte dos fãs em lançar algo novo, ela agradece ser a voz de uma geração querendo ouvir o que ela tem a dizer em uma época onde artistas lançam um single atrás do outro para não cair no esquecimento.
Essa maturidade vem acompanhada de algo importante: não ter medo de errar. “Entender, também, que as pessoas não estão pensando tanto assim em mim”, ri. Além de explorar outras sonoridades, ela interpreta músicas escritas pensando em seu timbre, o contralto, mais grave. “Antes era só uma característica, agora quero que seja uma assinatura.”
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