O Supremo Tribunal Federal (STF ) formou maioria para prorrogar a suspensão do pagamento da dívida de Minas Gerais com a União por mais seis meses, até 20 de dezembro. A dívida de Minas Gerais com a União gira em torno dos R$ 160 bilhões.
O STF também confirmou decisão liminar do ministro Nunes Marques, autorizando o governo mineiro a ingressar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF ), mesmo sem a aprovação de lei na Assembleia Legislativa.
Votaram a favor de Minas Gerais, junto com o relator Nunes Marques, os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Edson Fachin, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Ainda não votaram os ministros Luís Roberto Barroso, André Mendonça, Rosa Weber e Cármen Lúcia.
Apesar da decisão favorável no STF, o governo terá que pagar R$ 15 bilhões à vista ao governo federal, por não ter cumprido o prazo de adesão ao Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PAF), que vencia nesta sexta-feira (30). A Assembleia Legislativa não aprovou o projeto de lei 767/2023, que tratava da adesão ao PAF, por falta de acordo entre os deputados, que travaram a pauta.
“É uma postura destrutiva, que demonstra total irresponsabilidade com o povo mineiro que, se prosperar, vai significar salários atrasados e nenhum reajuste para categoria alguma. É uma medida totalmente impensada, irresponsável e que precisa ser repudiada”, afirmou, hoje, o governador do Estado, Romeu Zema (Novo).
O governo de Minas Gerais informou que vai tentar no STF postergar o prazo de pagamento dos R$ 15 bilhões.