Mutirão pra boscov avaliar (ela metendo o pau)
Se sair deve ser depois que terminar de lançar nos cinemas, mas não tem nada confirmado
Devia postar aqueles pockets shows que ela fez tmb
Só tendo beleza assim como o título, Something Beautiful passa 1 hora exibindo closes do trabalho dos cirurgiões plásticos e dentista da artista enquanto exibe roupas como fosse um comercial de loja de departamento
Mds até ouvi a voz da diva massacrando minha filha…
Sabemos que um projeto flopou quando os fãs somam streams/views de versões pra dar algum número digno
Somar likes no instagram nao ia ajudar vamos somar VIEWS dos posts então
Crítica de Isabela Boscov – “Something Beautiful”
Olha… Something Beautiful, novo projeto da cantora e agora aspirante a cineasta Miley Cyrus, é daquelas experiências que a gente assiste com uma expressão entre o espanto e a perplexidade – não porque o filme seja ousado, inventivo ou surpreendente, mas porque a cada cena você se pergunta: “Como é que ninguém parou isso antes?”
Miley Cyrus tenta aqui encenar uma espécie de jornada emocional profundamente autorreferente, como se estivesse fazendo um diário íntimo em formato de videoclipe de duas horas. E o problema não é nem o narcisismo – porque, sejamos honestos, o cinema está cheio de narcisistas talentosos. O problema é que o filme acredita estar dizendo algo profundamente tocante, quando na verdade está apenas se olhando no espelho e chorando com a própria maquiagem borrada.
A narrativa – se é que podemos chamar assim – é um fiapo pretensamente poético em que uma jovem artista, vivida por Miley (quem mais?), vaga por cenários estilizados, chora em câmera lenta, canta letras genéricas sobre dor e renascimento, e interage com personagens que parecem ter sido criados por uma inteligência artificial alimentada por slogans de autoajuda e posts do Pinterest.
Visualmente, o filme tenta evocar algo entre Terrence Malick e um comercial de perfume da Dior, mas o resultado é uma colagem esvaziada de significados, onde cada plano grita “olha como eu sou profundo” e termina dizendo absolutamente nada. É o esvaziamento do símbolo em sua forma mais pura: borboletas, flores murchas, espelhos rachados, e muita, muita névoa. Uma espécie de álbum do Tumblr transformado em longa-metragem.
As atuações? Inexistentes. Miley interpreta Miley interpretando Miley. É uma performance que oscila entre o teatral e o insuportável. O elenco de apoio, coitado, parece estar ali apenas para fazer número ou carregar cenários.
E o roteiro – bom, se você já ouviu três músicas da fase Wrecking Ball, você já viu o roteiro inteiro. É tudo tão literal, tão emocionalmente raso, que chega a ser constrangedor.
No fim das contas, Something Beautiful é menos um filme e mais um projeto de vaidade embalado com verniz indie e conteúdo de cartão de Dia das Mães. Talvez funcione como clipe. Talvez como um ensaio fotográfico no Instagram. Mas como cinema? Não. Definitivamente, não.
E o mais frustrante é perceber que Miley acha que fez arte. E esse é o maior pecado do filme.
0,5/5 — e isso só porque a fotografia, embora afetada, ao menos é nítida.
Acabei de te denunciar pra moderação
Ainda bem que a pitchfork não é revista de assuntos gerais