No dia 05 de julho de 1995, era lançado o álbum Da Lata, terceiro album solo da carreira da Fernanda Abreu.
O álbum recebeu este nome por conta da expressão “da lata”, que surgiu a partir de 1987, quando tripulantes de um navio estrangeiro despejaram no litoral do Rio de Janeiro 22 toneladas de maconha dentro de latas, temendo uma ação da polícia. As latas fechadas, foram coletadas por pessoas nas praias, e, de acordo com os testemunhos, a maconha era de excelente qualidade.
O fato deu origem à gíria carioca “da lata”, que é usada para algo que é bom. Ao mesmo tempo, a lata é um material barato, e serviu de contraponto para a cantora diante da pobreza do Brasil.
A capa do álbum é uma foto de Abreu com um manto feito de lata, num cenário cheio de objetos de lata, enquanto a contra-capa possui o mesmo cenário, mas nele a cantora aparece nua.
Curiosidades
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O manto que Fernanda usa na capa do álbum era inspirado no manto do Bispo do Rosário e pesava 57 quilos.
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O álbum foi o primeiro da Fernanda lançado fora do Brasil, ele também no Japão e na Europa. Na capa do álbum da versão japonesa ela é citada como “Miss Acid Samba”
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O clipe de Brasil É O País do Suingue foi o clipe brasileiro mais caro no momento da sua criação. Com mais de 200 figurantes, todos fantasiados e uma alegoria de escola de samba, o clipe custou cerca de 60 mil reais (em torno de 600 salários mínimos à época).
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O álbum foi eleito por um escritor da Billboard como o melhor álbum latino-americano de 1995.
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O álbum ganhou um relançamento em 1996 com uma versão samba-funk do samba-enredo É Hoje, da União da Ilha do Governador, que inicialmente foi uma ação comercial da Rider mas que acabou fazendo sucesso e entrando neste relançamento.
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O álbum foi primeiro disco de ouro solo da artista, ultrapassando a marca das 100 mil cópias.
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O cenário da turnê contava com uma estrutura feita com uma tonelada de sucata com adornos como hélices de ventilador, quentinhas e pás.
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