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Alexandre Barillari acaba de rodar na Bahia o longa-metragem “Melodia do amor”, da diretora Ana Cavazzana. Ele interpreta um homem agressivo que mantém um relacionamento tóxico com a pianista Alice (Carol Marra). As filmagens aconteceram na Ilha de Itaparica.
— O meu personagem é um típico marido assediador, tóxico, perverso. Desses que a gente vê bastante por aí. Chega um momento em que a Alice decide dar um basta nesta situação. A partir daí, encontra uma rede de amparo que vai ajudá-la a sair disso. Gravei muitas cenas fortes e difíceis — diz.
O elenco conta também com Maria Maya, atriz com quem ele fez par romântico na sua primeira novela da carreira, “Salsa e merengue”, de 1996:
— A primeira peça profissional que eu fiz na vida foi dirigida por Cininha de Paula, mãe da Maria. Então, o caminho desse encontro já estava muito traçado. Eu amo a Cininha e a Maria. Com o passar dos anos, ela foi morar em São Paulo, e a vida nos afastou um pouco. Mas existem pessoas que você pode ficar anos sem ver, mas, quando reencontra, parece que estava com ela ontem.
Ele conta que o clima nos bastidores foi de muita harmonia, diversão e intimidade entre a equipe. Segundo o ator, essa proximidade pode ter sido a origem de boatos que circularam pelas redes de que ele, Maria e Carol teriam se envolvido amorosamente nos bastidores do trabalho. Barillari garante que não há qualquer cabimento nessas histórias, mas que eles não ficaram abalados:
— Nós (humanidade) somos frutos desse olhar sexual sobre a vida. Hoje é menos pecaminoso, mas ainda assim curioso. Por isso, não me espanta ver boatos como esse. A gente ainda estava na Bahia quando as notícias saíram. Rimos muito e imaginamos como é que teria sido se tudo aquilo fosse verdade.
O ator, que completou 50 anos em março, diz sentir o peso da passagem dos anos, tanto positiva quanto negativamente:
— É como se fosse um saldo bancário, às vezes com créditos e muitas vezes com débitos. Os créditos representam a experiência, o acúmulo de vivências. Já os débitos, a perda de vigor, as dores. Eu gosto muito de me exercitar e percebo um decréscimo de força.
Um dos motivos a que Barillari atribui a boa forma é o fato de nunca ter consumido bebida alcoólica.
— Às vezes eu vejo alguma pessoa dizendo que não bebe, mas aí de vez em quando dá um golinho. O meu nunca é nunca mesmo. Nem mesmo um bombom de cereja com teor alcoólico. Quando eu conto isso, me olham como se eu fosse um alienígena (risos). Mas foi algo que realmente eu decidi muito cedo e nem posso dizer que tive que resistir a uma tentação, porque nunca tive vontade. É uma beleza porque as minhas contas nas baladas geralmente dão menos de R$ 10 – diverte-se.