Allan Souza Lima fala sobre 'Amor perfeito', revela que enfrentou o início de uma depressão e comenta semelhança com Eduardo Sterblitch

Em “Amor perfeito”, Frei João, personagem de Allan Souza Lima, viu sua vida mudar repentinamente após reencontrar Darlene (Carol Castro), com quem viveu uma grande história de amor, e Clara (Vitória Pabst), fruto dessa relação e que ele nem sabia que existia.

— É uma virada muito interessante devido à polêmica entre o sagrado e o profano. Já Clara é uma menina cadeirante devido à poliomielite. Isso levanta uma discussão sobre a importância da vacina, algo que tem sido tão atacado em nosso país nos últimos tempos — avalia o ator.

Allan conta que já teve muitas religiões. A última delas foi o budismo, que ele seguiu por oito anos e com a qual mais se identificou:

— Hoje, eu não tenho uma crença religiosa ocidental. Sou avesso a isso, para ser sincero, porque ela trabalha com a culpa. Minha visão é muito mais oriental, que tem a ideia do Deus interior. Eu acredito nas leis da ação e reação, do cuidado e do retorno. Minha forma religiosa é comigo, dentro da minha casa.

Ele acrescenta que fazer “Amor perfeito” tem sido um respiro em sua carreira após um trabalho muito intenso no ano passado, que acabou afetando sua vida: a série “Cangaço novo”, do Prime Video da Amazon, na qual ele vive o protagonista. Para o projeto, Allan diz que se isolou por oito meses de tudo e viveu um processo de total imersão, a ponto de, em certo momento, ele e o personagem se confundirem.

— Sou um ator metódico. É um preço muito alto quando você mergulha fundo. Mas acho que esse é o meu ofício. Acabei tendo uma confusão mental e entrando no início de um quadro de depressão. A Amazon me deu todo apoio, e consegui superar — comenta ele, que em breve estreará uma exposição com fotografias suas feitas durante a estadia no Sertão.

Nas redes sociais, além de seus trabalhos, Allan frequentemente é lembrado por conta da sua semelhança física com Eduardo Sterblitch. Ele diz que está acostumado:

— Não somos amigos diretos, mas nos aproximamos há alguns anos por causa dessas comparações. Eu fiz o filme “O matador” ( Netflix), por exemplo, e ele me disse que várias pessoas o parabenizaram por esse trabalho (risos). Acho que tenho uma energia muito parecida com a dele. Eu acho ótimo, porque o admiro demais.

Allan Souza Lima e Eduardo Sterblitch — Foto: TV Globo

Allan Souza Lima e Eduardo Sterblitch — Foto: TV Globo

O Allan bem mais bonito que o Eduardo

Esse Allan é tão gostoso. Tenho vários prints dele de índio em “Novo Mundo” gostoso