Após 2 anos de guerra, Hamas liberta 20 reféns vivos que mantinha em Gaza

Os 20 reféns israelenses foram libertados pelo Hamas na Faixa de Gaza, como parte do acordo de cessar-fogo que prevê a troca por prisioneiros palestinos. Ao todo, 20 pessoas foram entregues à Cruz Vermelha — sete no primeiro grupo e 13 no segundo — e foram levadas para bases militares israelenses, onde passam por avaliação médica.

O que aconteceu

Hamas entrega os 20 reféns vivos à Cruz Vermelha. Os libertados Elkana Bohbot, Matan Angrest, Avinatan Or, Yosef-Haim Ohana, Alon Ohel, Evyatar David, Guy Gilboa-Dalal, Rom Braslavski, Gali Berman, Ziv Berman, Eitan Mor, Segev Kalfon, Nimrod Cohen, Maxim Herkin, Eitan Horn, Matan Zangauker, Bar Kupershtein, David Cunio, Ariel Cunio, Omri Miran., segundo o canal saudita Al-Hadath e a mídia hebraica.

Israel solta palestinos presos. O governo de Benjamin Netanyahu iniciou a libertação de palestinos detidos em prisões israelenses A troca faz parte do acordo de cessar-fogo firmado com o Hamas. A medida ocorre em paralelo à entrega de reféns do grupo à Cruz Vermelha na Faixa de Gaza.

Os 48 reféns mantidos em Gaza estão sendo libertados com o intermédio da Cruz Vermelha. Os 20 reféns vivos e 28 supostamente mortos começaram a ser enviados para Israel na manhã de hoje — após 738 dias em cativeiro. A Faixa de Gaza está seis horas à frente do horário de Brasília.

Israel aguarda a confirmação do recebimento dos reféns para efetuar a troca com os prisioneiros. Os reféns estão sendo libertados em três locais diferentes na Faixa de Gaza, informou um membro do Hamas para Al Jazeera.

Os reféns estão sendo recepcionados pela Cruz Vermelha e enviados para áreas dentro de Gaza controladas por Israel. Na sequência, eles devem ser levados para a base de Re’im, no sul israelense, onde vão encontrar suas famílias, segundo disse o porta-voz do governo israelense Shosh Bedrosian.

Após a confirmação da chegada dos reféns ao território controlado por Israel, cerca de dois mil prisioneiros palestinos devem ser liberados. A libertação dos reféns por completo deve acontecer até o meio-dia de hoje, relatou Bedrosian.

Israel transferiu presos

Cerca de 250 prisioneiros de Israel foram levados para uma prisão em Ofer, na Cisjordânia ocupada, e para Ketziot. Os locais, ao sul de Israel, ficam próximo da fronteira com o Egito e facilitarão a logística das trocas, segundo o serviço penitenciário israelense, em comunicado.

Os presos de Israel permanecem nessas prisões até ordem de líderes para continuar a operação de troca. Espera-se que o acordo seja concretizado e a troca com os reféns do Hamas aconteça até o final de hoje.

Desarmamento do Hamas

Um ponto de impasse nessa fase inicial do acordo é o desarmamento do Hamas, que disse que o tema está “fora de discussão”. O plano costurado pelos Estados Unidos prevê anistia a combatentes que entregarem seus arsenais. Contudo, para o Hamas isso só deve acontecer após a criação de um Estado palestino soberano com Jerusalém como capital.

A proposta de entregar as armas está fora de discussão e não é negociável. Membro do Hamas para a AFP.

O líder de Israel, Benjamin Netanyahu sempre relatou que o objetivo era acabar com o Hamas. O impasse das armas deve seguir sendo um problema a ser discutido numa possível segunda parte do acordo. Questões referentes à reconstrução de Gaza também devem influenciar nas tratativas.

Milhares de mortes em dois anos

Desde a escalada do conflito, mais de 67 mil pessoas morreram em Gaza. Boa parte das vítimas eram mulheres e crianças e estima-se que mais de 170 mil ficaram feridos. Por outro lado, 1.600 israelenses perderam a vida.

A devastação em Gaza levou a destruição de 90% das moradias. Quase dois milhões de pessoas tiveram que ser deslocadas com avanço da fome e falta de ajuda humanitária após intensos bloqueios israelenses. Hospitais, escolas e outros prédios públicos também deixaram de existir.

https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2025/10/13/hamas-libertacao-refens-israel-palestina.htm

Espero que no futuro a história relembre a covardia da mídia e dos políticos com esse genocídio
Inclusive israel matou um jornalista bem conhecido esses dias