Como esperado, a Apple acaba de revelar seus resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre fiscal de 2023, finalizado em 1º de julho passado.
Nesse período de três meses, a Apple faturou US$81,8 bilhões (-1%), com US$19,9 bilhões em lucro líquido (+3%) e US$1,26 em ganhos por ação diluída (+5%). Os números comparam-se, respectivamente, a US$83 bilhões, US$19,4 bilhões e US$1,20 no terceiro trimestre fiscal de 2022.
Eis os números por segmentos:
- iPhone: US$39,7 bilhões (-2,5%)
- Mac: US$6,8 bilhões (-7,5%)
- iPad: US$5,8 bilhões (-20%)
- Vestíveis, Casa e Acessórios: US$8,3 bilhões (+2,5%)
- Serviços: US$21,2 bilhões (+8%)
Tim Cook, diretor executivo (CEO) da Apple, deu a seguinte declaração:
Temos o prazer de informar que tivemos um recorde histórico de receita em serviços durante o trimestre de junho, impulsionado por mais de 1 bilhão de assinaturas pagas, e vimos uma força contínua nos mercados emergentes graças às vendas robustas do iPhone. Da educação ao meio ambiente, continuamos a promover nossos valores, enquanto defendemos a inovação que enriquece a vida de nossos clientes e deixa o mundo melhor do que o encontramos.
Abaixo, a do diretor financeiro (CFO) Luca Maestri:
Nosso desempenho comercial no trimestre de junho melhorou em relação ao trimestre de março, e nossa base instalada de dispositivos ativos atingiu um recorde histórico em todos os segmentos geográficos. Durante o trimestre, geramos um fluxo de caixa operacional muito forte de US$26 bilhões, devolvemos mais de US$24 bilhões aos nossos acionistas e continuamos a investir em nossos planos de crescimento de longo prazo.
O conselho administrativo da Apple declarou um dividendo em dinheiro de US$0,24 por ação comum da companhia, pagável em 17 de agosto de 2023 a todos os acionistas registrados ao término dos negócios em 14 de agosto próximo.
De uma forma geral, os segmentos de produtos tiveram uma pequena queda (iPhones e Macs) — com exceção do iPad, que caiu bastante. Vestíveis tiveram um crescimento tímido, enquanto os serviços da Maçã continuam subindo muito bem.
Os serviços da Apple ultrapassaram a marca de 1 bilhão de assinaturas pagas. A boa notícia para a Maçã foi revelada na conferência em áudio referente aos dados do terceiro trimestre fiscal de 2023 da empresa, que foram divulgados mais cedo.
No último trimestre fiscal, a receita proveniente das assinaturas aumentou em 8,2% se comparado ao mesmo período do ano passado, totalizando US$21,2 bilhões. Esse resultado foi impulsionado por vários fatores, como o recorde no número de dispositivos da Maçã ativos no mundo, que é o maior de todos os tempos.
Outro fator que certamente impulsionou o novo recorde foi a venda de novos iPhones, que continua crescendo em mercados emergentes, como destacou o CEO1Tim Cook:
Tivemos um recorde de receita de todos os tempos em Serviços durante o trimestre de junho — impulsionado por mais de 1 bilhão de assinaturas pagas — e vimos uma força contínua nos mercados emergentes graças às vendas robustas do iPhone.
Embora não tenha citado diretamente o Brasil, como em outras ocasiões, não é leviano deduzir que nosso país pode estar incluído nesse combo de “emergentes” que viu a venda de iPhones aumentar — coisa que já havia acontecido no trimestre anterior, a ponto de as vendas de novos smartphones da Maçã terem batido recorde por aqui.
Mesmo não apresentando uma segmentação por serviços, Tim Cook destacou que o Apple TV+ atingiu um recorde de receita trimestral — isso, em meio ao boom gerado pela última temporada de “Ted Lasso” e pelo estabelecimento de novos sucessos, como o da série “Silo”.
Os serviços da Apple ainda incluem Apple Music, Apple Arcade, Apple Fitness+, iCloud+, Apple News+ (indisponível em boa parte do mundo) e, é claro, o Apple One (pacote que oferece alguns ou todos eles por um preço mais acessível).