Nem mesmo o Big Brother Brasil conseguiu passar ileso ao caos generalizado que atingiu a programação da Globo. Empilhando uma sequência de recordes negativos históricos desde o início do ano, a emissora esperava conseguir esboçar uma reação com a chegada da nova temporada do reality show mais visto do país, que pela primeira vez não terá a participação de Boninho, que será anunciado em breve como novo reforço do SBT. Ao menos em seu primeiro dia, o BBB 25 decepcionou: o novo ciclo da competição teve o pior desempenho de todas as estreias do formato.
Os dados prévios de audiência da Grande São Paulo, obtidos pela reportagem do TV Pop com fontes do mercado, revelam que a primeira noite do programa comandado por Tadeu Schmidt teve apenas 16,7 pontos de média entre 22h25 e 23h54. O índice representa um crescimento de 23% na comparação com a mesma faixa horária nas quatro segundas anteriores, mas passou longe de rivalizar com qualquer outra estreia do formato holandês no Brasil — até aqui, as piores estreias eram o BBB 19, comandado por Tiago Leifert, e o BBB 24, já com Schmidt, ambos com 22 pontos.
Além do fardo de pior estreia de toda a história, o BBB 25 estreou com claros sinais de rejeição dos telespectadores: em seu primeiro minuto, às 22h25, o reality show da Globo tinha 23,9 pontos na principal metrópole do país. No último minuto de exibição do primeiro episódio, a emissora pontuava apenas 13,7. Isso simboliza uma fuga de mais de 2 milhões e 32 mil telespectadores em um intervalo de menos de duas horas, algo pouco usual em toda a história do reality show, que costuma ter um bom histórico de retenção do público ao decorrer de suas edições.
BBB sofreu com a concorrência das plataformas de streaming
Com as demais redes de televisão aberta apostando em reapresentações de conteúdos produzidos em anos anteriores e em enlatados, o posto de principal rival do Big Brother Brasil foi ocupado pelos serviços de vídeo sob demanda. A métrica de conteúdos com áudio não referenciado, que compila a audiência de videogames e de plataformas como Netflix e YouTube, teve seus números aferidos em tempo real pela primeira vez em uma noite de estreia do formato, e emplacou uma média de 12,4 pontos no embate direto com a primeira noite do programa de Tadeu Schmidt.
Entre os canais abertos, a segunda emissora mais assistida durante o embate com o BBB 25 foi a Record, que marcou 4,4 pontos com as reapresentações de Gênesis e Reis. O SBT, com Programa do Ratinho e parte do esportivo Arena, foi a terceira escolha dos telespectadores de plataformas lineares, com 3,4 de média. Depois, embaladas na disputa pela quarta colocação, surgem a Band, Cultura e RedeTV!, com 0,7, 0,5 e 0,4 ponto de média, respectivamente. Os canais da televisão por assinatura, juntos, tiveram 4,1 pontos.
Neste ano, cada ponto representa 77.488 domicílios e 199.313 indivíduos na Grande São Paulo. A reportagem do TV Pop apresentará os dados consolidados da audiência de estreia do BBB 25 e dos demais programas das principais emissoras de televisão no início da tarde desta terça-feira, dia 14. A seguir, confira um histórico detalhado com a performance de todas as primeiras noites da história do Big Brother Brasil:
ESTREIAS DO BIG BROTHER BRASIL
| TEMPORADA | APRESENTADOR | MÉDIA |
|---|---|---|
| BBB 1 | Pedro Bial e Marisa Orth | 49 |
| BBB 5 | Pedro Bial | 46 |
| BBB 6 | Pedro Bial | 45 |
| BBB 7 | Pedro Bial | 43 |
| BBB 4 | Pedro Bial | 42 |
| BBB 8 | Pedro Bial | 37 |
| BBB 3 | Pedro Bial | 37 |
| BBB 9 | Pedro Bial | 37 |
| BBB 11 | Pedro Bial | 34 |
| BBB 12 | Pedro Bial | 33 |
| BBB 18 | Tiago Leifert | 31 |
| BBB 14 | Pedro Bial | 31 |
| BBB 10 | Pedro Bial | 30 |
| BBB 17 | Tiago Leifert | 29 |
| BBB 2 | Pedro Bial | 28 |
| BBB 22 | Tadeu Schmidt | 28 |
| BBB 21 | Tiago Leifert | 27 |
| BBB 20 | Tiago Leifert | 25 |
| BBB 13 | Pedro Bial | 25 |
| BBB 15 | Pedro Bial | 25 |
| BBB 16 | Pedro Bial | 24 |
| BBB 23 | Tadeu Schmidt | 23 |
| BBB 19 | Tiago Leifert | 22 |
| BBB 24 | Tadeu Schmidt | 22 |
| BBB 25 | Tadeu Schmidt | 17 |
*Dado prévio e arredondado. Fonte: Kantar Ibope Media, com fontes do mercado
