Olhando superficialmente, não parece nenhuma novidade que os iPhones são os smartphones preferidos de adolescentes. Bem… pelo menos nos Estados Unidos, é possível constatar isso facilmente ao assistir aos filmes e séries produzidos no país.
Agora, uma nova pesquisa do banco de investimentos Piper Sandler e publicada pelo The Wall Street Journal chega para corroborar essa percepção. De acordo com os dados, 87% dos jovens americanos possuem iPhones — e praticamente todos eles pretendem continuar com o aparelho da Apple.
Por se tratar de uma diferença muito grande em relação à porcentagem geral de pessoas com iPhones no país (cerca de 57%), a reportagem do WSJ investigou o que leva os jovens a preferirem o smartphone da Maçã em vez de aparelhos com Android.
Para uma especialista consultada pelo jornal, essa preferência é explicada não apenas por uma questão de status econômico, como poderíamos deduzir, mas principalmente por um conflito geracional. Basicamente, nos EUA, o sistema operacional ou a marca do aparelho que você usa pode “denunciar” a sua faixa etária.
O uso de um smartphone com Android no país é geralmente associado a adultos e pessoas mais velhas como um todo — não importando nem mesmo se as especificações do aparelho com o sistema operacional do Google sejam mais avançadas do que a de um iPhone mais antigo usado por alguém mais jovem.
Vídeos no TikTok promovendo a “guerra” entre os sistemas operacionais acabam disseminando ainda mais esse estigma. Alguns jovens, inclusive, descrevem em vídeos na rede social que aparecer no Ensino Médio com um celular Android significa receber dos colegas adjetivos como “quebrado” ou “medieval”.
Claro, deve-se considerar também o fenômeno das bolhas azuis e verdes do iMessage. No ano passado, outra reportagem do WSJ mostrou que enviar uma mensagem com a bolha verde (que sinaliza o uso de um smartphone com Android) pode ser um tanto quanto constrangedor na terra do Tio Sam.
