Chile usa drone para colher maçãs por falta de mão de obra


Drone da empresa israelense Tevel Aerobotics colhe maça com ajuda de inteligência artificial

Tevel, uma empresa israelense, desenvolveu um sistema formado por robôs voadores para colher frutas. Esses drones já estão em uso em diversos países.
A Tevel já possui equipamentos em utilização na Itália, Estados Unidos e em Israel. Mais recentemente, foi anunciada a chegada do sistema à América do Sul, em parceria com a Unifrutti, do Chile.

Os drones auxiliam a empresa evitando que as frutas sejam colhidas fora do tempo (ou muito verdes ou muito maduras). O Chile, segundo a empresa, enfrenta escassez de mão de obra. Isso ocorre, principalmente, na época da colheita, aumentando os custos e o desperdício, já que, sem profissionais, uma parte não é retirada dos pés a tempo antes de estragarem.

Por que usar os drones?

Segundo o fabricante, há escassez de mão de obra. As colheitas demandam muitos trabalhadores em poucos períodos do ano, o que dificulta encontrar profissionais adequados para essas operações em alguns locais do mundo.

Esses robôs ainda podem atuar 24 horas por dia. Isso aumenta a capacidade de colheita sem precisar contratar novas equipes, de acordo com a Tevel.

Como é feita a colheita sem os robôs

É feita utilizando, no geral, mão de obra humana. Os profissionais ficam em plataformas acima de veículos para alcançarem a copa das árvores e extraem os frutos com as mãos. Esse fator é um dos riscos de acidentes nas plantações.
Além disso, muitas vezes os trabalhadores ficam expostos a altas temperaturas durante o dia ou outras questões insalubres.

Como é o sistema

O modelo consiste em robôs voadores conectados a uma plataforma no solo. Ele foi criado pela empresa israelense Tevel

Algoritmos reconhecem as árvores. Sistemas de inteligência artificial identificam o que é fruta, o que é galho e o que é folha usando inteligência artificial

Os módulos voadores analisam cada fruta para decidir se ela deve ser colhida ou não. Com isso, os drones só tiram do pé aqueles que estão maduros ou no ponto certo de colheita.

Os drones estão ligados em um veículo terrestre. Da árvore, esses robôs voadores despejam cada fruto colhido nessa plataforma, que irá pesar e analisar o item depositado

É capaz de colher damasco, ameixa, pêssego, maçã, pera e nectarina, segundo o fabricante. Os drones se aproximam dos frutos e, por meio de um braço robótico, torcem eles para extraí-los das árvores.

Câmeras ligadas a cada um dos drones repassam as informações para aplicativos que permitem saber quantas foram colhidas, o peso, qualidade, coloração, entre outras informações.

https://conteudo.imguol.com.br/c/colunas/cc/2023/07/07/drone-da-tevel-aerobotics-colhe-macas-em-plantacao-da-unifrutti-no-chile-1688756490009_v2_750x421.jpg.webp
Drone da Tevel Aerobotics colhe maças em plantação da Unifrutti no Chile
Imagem: Reprodução/Unifrutti

Que tudo

Queria tanto colher maçãs no Chile

já aqui no Brasil a colheita de maçãs é uma das principais situações de utilização de mão de obra análoga à escravidão… já tive um tio que foi resgatado nessa situação, no RS.