AAA. Poderia ser um grito curto de emoção pelos belos iPhones 15 Pro que não vieram custando dois rins, mas apenas um — que já estamos acostumados. Ou significaria, talvez, uma pilha palito de lítio gasta, me lembrando quão deprimida e desgastada está a bateria do meu iPhone 14 Pro? Nenhum dos dois.
O termo em questão, também chamado de “Triplo-A”, é a classificação mais alta da indústria de jogos, normalmente aplicada a produções de alta qualidade com grandes orçamentos para desenvolvimento e marketing. São aqueles títulos que você espera pelo menos uma indicação a um prêmio de “Jogo do Ano”. E se eu lhe disser que jogos deste nível chegarão aos iPhones?
Entre as novidades dos iPhones 15 Pro/15 Pro Max está a capacidade de rodar jogos AAA. Durante o evento de lançamento dos novos iTrecos da Apple, alguns títulos já foram anunciados para este ano, como
Resident Evil Village
Resident Evil 4 Remake
Death Stranding
Assassin’s Creed Mirage
Foi divulgado, ainda, que as compras desses títulos serão universais. Ou seja, adquirir o jogo lhe dará a possibilidade de curti-lo no iPhone, no Mac e no iPad. Com exceção das versões exclusivas para os iPhones 15 Pro/15 Pro Max, que só rodarão em iPads/Macs com Apple Silicon — ou seja, chip M1 ou superior. Nada mal, hein?!
É bom lembrar: todos esses jogos não serão em nuvem, mas sim nativos no celular, sem a necessidade de conversão para uma qualidade ou formato inferior. Não tenho dúvidas de que os iPhones topos-de-linha deste ano terão um excelente desempenho nos games. O chip A17 Pro, agora em 3 nanômetros e vem com 6 núcleos de GPU1, a qual promete ser 20% mais rápida e mais eficiente em termos de energia.
Também há uma novidade, pela primeira vez em um iPhone: o chip possui Ray Tracing acelerado por hardware. É uma tecnologia que renderiza sombras, água, iluminação e efeitos de forma mais realista, com texturas, fidelidade visual e ainda consumindo menos energia, algo que o PlayStation 5 e o Xbox Series X possuem. Aliás, será interessante ver esses novos recursos em jogos já existentes que exigem mais poder do celular, como Genshin Impact, Asphalt 9 e Call of Duty Mobile.
Se pensarmos que apenas Macs, PCs e consoles rodariam um jogo de escala AAA, é admirável ver até onde o hardware do iPhone chegou. Ainda assim, alguns pontos me deixam pensativo: a saúde da bateria, a temperatura que talvez possa fritar um ovo e a jogabilidade em uma telinha. Qual será o custo disso a longo prazo?
A maioria dos jogos já existentes em consoles (ou computadores) que foram portados para celular têm a interface adaptada para o toque. O falecido Fortnite no iPhone, por exemplo, tinha um layout um pouco diferente da versão para PlayStation, mas ainda era facilmente jogável — ainda que eu nunca tenha conseguido ganhar uma partida, mas isso é outra história.
É bom lembrar que você pode conectar os controles de PlayStation e Xbox nos iPhones a fim de melhorar a jogabilidade, isso caso você não se sinta apto a se entreter com algo por um tempo maior apenas com toques na tela. Existem, ainda, controles que acoplam facilmente no iPhone como o Backbone Um, que possui entrada Lightning e até modelo USB-C para os novos iPhones.
A Apple vem usando cada vez mais a sua plataforma para jogos. O Apple Arcade até me trouxe um pouco de esperança quando foi lançado, mas até hoje não acho que está tendo a divulgação que merecia — e nem sabemos se isso está rendendo algo para a Maçã. Mas é interessante ver grandes parceiros, como Capcom e Ubisoft, trazendo jogos AAA de alta qualidade para dispositivos móveis. Estou bem empolgado!
Tim Cook reforçou que tem a intenção de trazer mais jogos dessa mesma escala para o iPhone, mas só nos resta aguardar. E você, como enxerga o que será do futuro dos jogos para dispositivos móveis? Eu só tenho uma coisa a dizer…