Diferentemente de Prince, Madonna sequer foi convidada para “We Are the World”. Ela também estava em Los Angeles para o American Music Awards, mas foi preterida por Cyndi Lauper no projeto humanitário. As duas eram concorrentes e o empresário de Lionel Richie, Ken Kragen, achava Cyndi melhor. Com isso, ela entrou e Madonna ficou de fora.
A cantora, que tinha somente dois álbuns lançados na época e ainda não era a rainha do pop, aparece brevemente no documentário, em uma cena do tapete vermelho do American Music Awards. Assim como toda a imprensa, Madonna estava ligada que muitos artistas se reuniriam naquela noite para uma gravação secreta. Mas ela não pôde participar.
O curioso é que quase que “We Are the World” ficou sem Madonna e sem Cyndi Lauper. Horas antes da gravação, Cyndi confidenciou a Lionel Richie, nos bastidores do American Music Awards, que não queria mais participar. O namorado dela havia ouvido a ‘demo’ e dito que aquilo nunca faria sucesso, o que a desanimou. Mas Lionel pediu que ela reconsiderasse, e ela acabou indo para o estúdio.
Prince participou do American Music Awards e foi convidado para se juntar aos demais no estúdio, mas ele não quis. O documentário mostra que Quincy Jones havia, inclusive, separado um verso na música especialmente para ele. Mas Prince não quis ir ao estúdio, porque havia muita gente, e sugeriu gravar uma colaboração em guitarra separadamente, o que também não foi aceito.
Até o último momento, torceram para que Prince mudasse de ideia e aparecesse para gravar seus vocais. Lionel Richie chegou a convidar para a música uma cantora que trabalhava com Prince, Sheila E., só para tentar atrair o astro para o estúdio. Mas Sheila foi embora quando entendeu a situação. “Eu sabia que ele não apareceria, porque era muita gente”, Sheila E. diz no documentário.