El País: Cambistas se recusaram a baixar preços de ingressos de Lady Gaga e lucraram com isso “É a Lady Gaga!”

Lady Gaga parece ter internalizado profundamente a máxima de Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo”. Porque não há nada melhor do que olhar para dentro, enxergar seus pontos fortes e dar uma volta pelo passado para que a cantora apresente um projeto completo. A turnê homônima de seu álbum Mayhem, lançado em março passado, começou na quarta-feira, 16 de julho, em Las Vegas, e naquela noite quente no deserto, os presentes rapidamente entenderam os motivos pelos quais o imenso espetáculo operístico da cantora nova-iorquina está esgotando num piscar de olhos: porque ela mesma gosta e sabe que seus fãs também gostarão. E porque é um espetáculo imenso, que mantém o público em pé e é cuidadosamente selecionado até o último milímetro pela mente de alguém que está na indústria do entretenimento há duas décadas e tem muita clareza sobre quem ela é e qual o papel que desempenha nela.

O espetáculo não é inteiramente novo, já que parte da premissa já foi apresentada no festival Coachella, em Indio, Califórnia, em meados de abril, mas é muito mais refinado e completo do que aquele, ou do que sua contraparte no palco lotado de Copacabana, no Brasil. Se já era um espetáculo enorme, agora assume uma dimensão maior, com seus trinta dançarinos, seus figurinos elaborados e sua meia dúzia de perucas. Mantém sua estrutura em atos (quatro, mais um grand finale) e, embora não dure muito mais (cerca de duas horas e 10 minutos), tem um fio condutor mais claro e algumas músicas a mais. A cantora também está mais completa vocalmente, com menos momentos engasgados do que os evidentes no festival. Os meses de ensaio são perceptíveis.

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Sua mão e visão são evidentes por trás de tudo. Desde o momento em que o público entra na apresentação, como se fosse uma ópera (intitulada A Arte do Caos Pessoal), um palácio de música reina no palco. Antes do início do concerto, um vídeo de Gaga, vestida de vermelho, com gola alta, luvas e imensas mangas bufantes, escrevendo em pergaminho com uma enorme pena, é repetido por quase 40 minutos, enquanto árias de óperas como Carmen e La Traviata são tocadas. Tudo isso ajuda a definir o tom do que ela almeja.

E ela consegue: no final, mais do que uma coletânea de canções, Gaga teatraliza sua jornada artística, transformando-a em uma ópera romântica e sombria do século XIX, com trocas de figurino, penas, flores, véus, fumaça e fogo no palco, mas também através de uma luta consigo mesma. Esta Lady Gaga enfrenta a Lady Gaga do passado, interpretada por outra mulher, com o rosto coberto, mas amplamente reconhecível, usando alguns dos looks famosos da cantora de sua época. Às vezes, a briga termina em violência. A Gaga atual oscila entre os atos de sua ópera e diferentes versões de si mesma, até que se reconcilia consigo mesma e percebe que não é necessário morrer ou matar, mas sim olhar para o futuro.

Durante mais de seis meses e 60 shows, a turnê Mayhem percorrerá o mundo, de Londres a Barcelona (em outubro, após sete anos de ausência), Sydney e Tóquio. Em vez de grandes estádios, como Taylor Swift ou Beyoncé (que deixou alguns ingressos sem vender nas primeiras noites em Los Angeles) artista optou por casas de show de médio porte, com média de 20 mil pessoas, como as que lotaram o T-Mobile em Las Vegas (e ainda faltam duas na cidade). Com isso, garantiu a lotação esgotada. Na manhã de quarta-feira, restavam apenas ingressos de revenda no site oficial, com preços entre US$ 300 e US$ 2.000. Nas ruas de Las Vegas, as barracas de revenda anunciavam ingressos por pouco menos de US$ 300, mas, se chegassem a US$ 4.000, os vendedores esfregavam as mãos, lucrando sem nem ser um. “É Lady Gaga!”, sorriram. Ela também deixa isso claro, mais claro do que nunca: ela é Lady Gaga e veio para provar isso.

@LittleMonsters

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Ingresso por 20 dólares? aqui não

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rainha que esgota em arenas de 20k enquanto outras sofrendo pra botar 60k em um estádio

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Tópico especial para meus amigos preocupados com as famílias de cambistas

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Tópico dedicado ao @Arceus presidente do sindicato dos cambistas

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Ai gente, eu tava esperando baixar pra 40 dólares mas infelizmente não aconteceu

Parece que os cambistas queriam aproveitar pra recuperar o prejuízo de uma outra tour que eles compraram os ingressos por 500 dol e tiveram que revender por 40

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Nao fazia sentido os cambistas estarem levando prejuízo e aumentando o valor da revenda kkkkkk

O pessoal nao sabe o mínimo de oferta e demanda ne?

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Na BC é assim, economia freestyle

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os cambistas conseguiram colocar comida na mesa

a segunda fanbase já pode se acalmar agora

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Os ingressos de 4K sendo vendidos vai dar pra garantir duas cesta básicas

passa a maquiagem bey

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Mas a Beyonce rendeu um big Mac pra eles

@heirloom algum comentário?

Ja a bey foi a preço de mc

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AMIGA EU TO MT TRISTE

eu estava com um bigmac comprado ja pra trocar com os cambistas, mas eles não aceitaram

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eu to búfalo

Os divos recuperando o prejuizo que tiveram com turnes reecentes

Elevaram o nível dessas brigas de tour pra onde nem faz sentido. Antes reclamavam de cambistas e agora tem que dá lucro kkk.

Vcs não tem o que inventar mais

Com certeza foi um Inimigo da Paz que escreveu esse artigo.