Enganado pela IA: Advogado é multado após usar ChatGPT em pesquisa jurídica

Steven A. Schwartz, um advogado dos Estados Unidos, usou o ChatGPT para fazer uma pesquisa jurídica e deve pagar uma multa US$ 5 mil (cerca de R$ 24 mil, em conversão direta) por apresentar informações falsas diante de um juiz. O caso aconteceu em maio deste ano, nos Estados Unidos. De acordo com o juiz que concedeu a sentença, Schwartz violou um “preceito básico” do sistema jurídico americano ao levarem dados irreais para a corte.

O advogado, que tem mais de 30 anos de experiência na função, afirmou em entrevista ao portal BBC News que “não tinha ciência” de que a inteligência artificial seria capaz de fornecer conteúdos falsos. A seguir, veja mais detalhes do caso.

De acordo com informações apuradas pela BBC e pelo The New York Times, Steven A. Schwartz representava um cliente junto com Peter LoDuca, outro advogado que trabalhava no mesmo caso. O processo foi aberto contra uma companhia aérea após o cliente ter sofrido uma lesão corporal em 2019. Depois que a companhia pediu o arquivamento do processo por considerar que o tempo de prescrição já havia expirado, os advogados apresentaram uma petição citando processos anteriores para provar que o caso deveria ser julgado.

No entanto, os representantes legais da companhia aérea não foram capazes de localizar os processos mencionados no documento porque as informações contidas na petição eram falsas. O juiz, então, cobrou explicações dos advogados envolvidos e descobriu que a pesquisa feita por um deles (Steven A. Schwartz) foi realizada através do ChatGPT.

O autor da pesquisa, que advoga há mais de 30 anos, foi quem fez o levantamento contendo as informações falsas. Em entrevista à BBC, ele declarou que lamenta ter usado a inteligência artificial para fazer a pesquisa, afirmando que não estava ciente de que o chatbot poderia fornecer dados incorretos. Além disso, esclareceu que o Sr. LoDuca, o outro advogado, não fez parte da pesquisa e não tinha conhecimento de como ela havia sido realizada.

No dia 8 de junho, os legistas foram encaminhados à uma audiência com o juiz do caso, que impôs uma multa de US$ 5 mil (cerca de R$ 24 mil, considerando o câmbio do dia de publicação desta matéria) aos dois. A autoridade criticou a atitude dos juristas e declarou que eles agiram de má fé ao apresentar os casos falsos. Além disso, o magistrado ainda solicitou que os advogados enviassem uma carta para todos os juízes que foram mencionados no documento falso.

O episódio, que surgiu em um processo obscuro, fascinou o mundo da tecnologia, onde tem havido um crescente debate sobre os perigos – até mesmo uma ameaça existencial à humanidade – representados pela inteligência artificial. Também tem paralisado advogados e juízes. “Este caso repercutiu em toda a profissão jurídica”, disse David Lat, um comentarista jurídico. “É um pouco como olhar para um acidente de carro.”

Ao The New York Times, Stephen Gillers, professor de ética jurídica da Escola de Direito da Universidade de Nova York, comentou que Steven e Peter “serão para sempre lembrados como os advogados que foram enganados pelo ChatGPT”.


Fonte: New York Times

É babado

Mas ele foi burro de não ler e verificar a veracidade dos fatos

@Bernard @Kura o ChatGPT passando a perna nele

Pedir pro chat gpt resumirr pra mim

Ele te enganando igual fez com esse senhor

que trouxao

interessante

Old que não se deve confiar totalmente numa inteligência artificial

Humanos pensantes >>>>>>>>

simmm
li tudinho aqui, to chocado!

30 anos de experiência e caiu numa dessas

A idade chegou

fiquei com pena, ele foi ingênuo

meu deus que burro

kkkkkkkkkkk coitado, mas pelo amor de deus, o cara fez anos de direito pra levar multa por não fazer o que seria o trabalho dele

meu deus

Kkkkkkkkk