Um estudo publicado no New England Journal of Medicine revelou que um medicamento usado para tratar diabetes, chamado lixisenatide, mostrou sinais de desacelerar a progressão dos sintomas motores associados à doença de Parkinson. A pesquisa, que envolveu 156 pacientes com estágio inicial da doença em toda a França, descobriu que após um ano de tratamento, o grupo que recebeu lixisenatide não apresentou piora nos sintomas de movimento, ao contrário do grupo que recebeu placebo. Este efeito foi considerado “modesto” e observado apenas por profissionais que avaliaram os pacientes realizando tarefas específicas, como andar, levantar-se e mover as mãos.
Apesar dos resultados promissores, os efeitos colaterais gastrointestinais como náuseas, vômitos e refluxo foram comuns, e alguns pacientes experimentaram perda de peso. Os autores do estudo, incluindo Olivier Rascol, neurologista da Universidade de Toulouse, e Wassilios Meissner, neurologista do Hospital Universitário de Bordeaux, enfatizaram a necessidade de mais pesquisas para confirmar a segurança e eficácia do tratamento antes de ser recomendado para pacientes. Especialistas externos também expressaram cautela, sugerindo que os dados são sugestivos de um possível efeito, mas que estudos adicionais são necessários para replicar os resultados1.