Faz o T: Tarcísio corta R$ 98 milhões de ações da Segurança Pública e tira R$ 15 milhões da verba de programa de câmeras corporais

Policiamento ostensivo, inteligência e programa ‘Olho Vivo’ foram os mais atingidos pelo rearranjo promovido pelo governador. SSP alega que por conta de queda na arrecadação, “estado solicitou que despesas já comprometidas fossem cobertas, em detrimento de expansão de contratos”.

O governo de São Paulo cortou R$ 98 milhões de ações da pasta da Segurança Pública do estado e remanejou para o pagamento de diárias de policiais militares, segundo o Diário Oficial do estado desta quarta-feira (4).

A publicação aponta que a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) retirou R$ 41 milhões da verba para o policiamento ostensivo e preventivo no estado, além de quase R$ 7 milhões do serviço de inteligência policial, R$ 5 milhões do atendimento à saúde do policial militar, entre outros.

Os cortes também atingiram a verba de ampliação do Programa Olho Vivo, que é responsável pelas câmeras corporais usadas pela Polícia Militar. Houve corte de R$ 15 milhões do orçamento de R$ 152 milhões previsto para o programa neste ano, o que significa diminuição de cerca de 10% do valor destinado à manutenção das câmeras.

Segundo o próprio Diário Oficial o dinheiro vai ser remanejado para o pagamento de diárias de policiais militares. O Palácio dos Bandeirantes não informou que tipos de diárias são essas.

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse que “com a queda de arrecadação, o Estado solicitou que despesas já comprometidas fossem cobertas, em detrimento de expansão de contratos”. Por isso, “houve remanejamento de recursos de custeio para despesas mais urgentes, como por exemplo, a Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar (Dejem)”.

“Não houve corte nos recursos para os contratos já existentes e os três contratos de câmeras corporais para os policiais militares serão pagos na íntegra. A suplementação de recursos pode ocorrer, nos termos da lei, sempre que houver necessidade de crédito para a cobertura de novos contratos”, disse a nota da pasta.

Críticas aos cortes

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública criticou o corte de verbas para as câmeras corporais. Na visão da entidade, o ideal seria o aumento em investimento não só nos equipamentos, mas em todo o combate à violência.

“Qualquer corte que a gente tenha de recursos na área de Segurança Pública ele tem que ser visto com preocupação, tendo em vista que a gente tem um cenário muito complicado e muito desafiador na área de segurança, com a dinâmica das violências, que se intensificam. E quando a gente olha para a política de câmeras corporais, na Polícia Militar do Estado de SP, a gente identifica um projeto que deu certo. Que deu bons resultados”, disse David Marques, coordenador do Fórum.

“As câmeras têm protegido a vida dos policiais e dos cidadãos em geral, contribuindo assim com melhores resultados na área de Segurança Pública. Esse corte de anúncio de cortes no programa passa a sensação de que que o governo de SP vai desidratar paulatinamente o programa”, completou.

Em coletiva de imprensa nesta quinta (5), no Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio de Freitas disse que os cortes promovidos pelo governo vão afetar várias atividades do estado e são um “ajuste orçamentário” “absolutamente normal”.

“A gente tem que entender que ao longo do ano a gente vai fazendo remanejamentos e cortes. Nós estamos num ano de queda brutal de arrecadação, nós precisamos fechar as contas, estamos socorrendo municípios e a gente tem que fazer ajustes no orçamento. A gente tem que olhar que a gente vai cortando recursos de várias áreas, de todas as áreas e é um remanejamento absolutamente normal, a gente não pode se apegar a essa ou aquela ação. A gente tem que olhar o orçamento como um todo e os ajustes são necessários”, declarou.

Congelamento do programa de câmeras

Em junho deste ano, o g1 mostrou que a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), mantém desde o início do ano a mesma quantidade de câmeras corporais em uniformes de policiais militares. Implementado em agosto de 2020, o Programa Olho Vivo vinha registrando aumento gradual nos equipamentos entregues à Polícia Militar até o fim do ano passado.

Dados obtidos com exclusividade, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), indicam que havia 10.125 equipamentos com os policiais em 2 de fevereiro de 2023. O número segue igual em resposta enviada no dia 6 de junho pela PM, vinculada à Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) do secretário Guilherme Derrite. São Paulo tem cerca de 100 mil policiais.

A gestão Tarcísio confirmou, por meio de nota enviada pela SSP, que não adquiriu novas câmeras, mas que tem a intenção de ampliar o programa.

Resto da Materia:

Parabéns aos envolvidos que elegeram esse merda

15kk em câmera pra uniforme da polícia. me poupe.

essa pataguada nem tinha que sair do papel. aqui é Br não USA.