Depois de tantas mudanças criticadas, o remake de Vale Tudo finalmente acertará em cheio ao usar um recurso moderno para jogar luz sobre a falta de escrúpulos de Maria de Fátima (Bella Campos). As câmeras de segurança da pousada de Laís (Lorena Lima) vão registrar o momento em que a jovem cometerá um ato sórdido: o roubo dos documentos da adoção de Sarita (Luara Telles), a mando de Marco Aurélio (Alexandre Nero).
Graças às imagens, Raquel (Taís Araujo) vai ver com os próprios olhos o que ela tem se negado a enxergar desde que a filha lhe pediu perdão. Transtornada, a cozinheira vai encurralar a herdeira e disparar: “Você virou ladra, Maria de Fátima!”.
A sequência, prevista para ir ao ar neste sábado (21), unirá dramaturgia clássica com tecnologia atual e tem tudo para se tornar uma das cenas memoráveis da nova versão da história.
Antes, o público verá Laís revirar o cofre da pousada, desesperada com o sumiço da papelada legal da criança que ela adotou. “Não pode ser, dona Lu [Prazeres Barbosa]! Eu guardei os documentos da Sarita aqui”, dirá, tensa, já sentindo que algo grave aconteceu.
Ela estará desesperada porque Marco Aurélio terá aproveitado que ela não estava em casa por causa de um imprevisto para pegar sua filha. Exausta e desidratada do calor e do estresse, Laís passará mal e será amparada pela funcionária.
Em seguida, ela terá um estalo e correrá para verificar as imagens das câmeras. E lá estará: Fátima, sorrateira, vasculhando a área restrita e saindo com a pasta em mãos. A confirmação do golpe será brutal, mas também libertadora para a personagem.
A partir daí, Laís procurará Raquel com o conteúdo gravado. O encontro entre as duas vai gerar uma virada poderosa na trama e, especialmente, para o vínculo entre mãe e filha.
“Ela entrou escondida, vasculhou minhas coisas… Raquel, sua filha roubou os documentos da adoção!”, acusará Laís, mostrando a gravação. A protagonista, em choque, não tentará mais defender Fátima. Ela tomará uma atitude enérgica ao encurralar a jovem.
Assim, em vez de repetir literalmente os acontecimentos da versão exibida em 1988, a adaptação escrita por Manuela Dias encontra uma maneira contemporânea, eficaz e plausível de escancarar um dos crimes de Fátima.