França aprova lei que dificulta imigração; entenda o que muda

O Parlamento francês aprovou uma nova legislação que endurece a política de imigração do país, após meses de disputas políticas.

Um elemento-chave da lei é que os benefícios sociais para estrangeiros estarão agora condicionados a cinco anos de presença em França, ou 30 meses para aqueles que têm emprego.

As cotas de migração também podem agora ser acordadas e existem medidas para que condenados com dupla nacionalidade também sejam privados da nacionalidade francesa.

Estrangeiros que moram na França e querem trazer familiares para viver com eles também serão afetados pelas novas regras — isso só será possível se viverem há pelo menos 24 meses em território francês, em comparação com os 18 anteriores, e terem pelo menos 21 anos.

Além disso, a lei ratifica o fim do chamado direito de solo (jus solis). Até agora, as pessoas nascidas em França de pais estrangeiros obtinham automaticamente a nacionalidade francesa ao atingirem a maioridade.

A partir de agora, terão que “manifestar a vontade” entre os 16 e os 18 anos.

A legislação foi apoiada pelo partido de centro Renascimento, do presidente Emmanuel Macron, e pelo de direita radical Reagrupamento Nacional, de Marine Le Pen.

A votação dividiu o partido de Macron e o ministro da Saúde, Aurélien Rousseau, anunciou que iria renunciar diante da posição do governo.

Já os partidos de esquerda acusaram Macron de fazer concessões à direita radical.

Um projeto anterior havia sido rejeitado pelo Parlamento na semana passada, rechaçado tanto pelo Reagrupamento Nacional, como pela esquerda.

Em resposta, o governo reformulou o projeto de lei, tornando algumas das suas disposições mais rigorosas.

Acordo da UE sobre asilo

A votação francesa ocorreu horas antes de um acordo da União Europeia (UE) para reformar o sistema de asilo nos 27 Estados-membros do bloco.

O novo pacto, acordado pelos governos da UE e pelos membros do Parlamento Europeu, inclui a criação de centros de detenção fronteiriços e a possibilidade de uma deportação mais rápida de requerentes de asilo rejeitados.

Aclamado como um acordo histórico pela presidente do Parlamento, a maltesa Roberta Metsola, o novo sistema permite que os requerentes de asilo sejam transferidos dos Estados-Membros do Sul, que registram o maior número de chegadas, para outros países.

O texto final ainda precisa ser formalmente aprovado pelo Parlamento e pelos Estados-membros.

@imigrantes

3 curtidas

Parabéns para a França. Ótima lei.

ta na hora de Portugal fazer o mesmo e controlar a putaria que isso aqui se tornou

Ainda bem que não me afetou em nada.

Mas, ideologicamente é um passo à direita, o que não é bom. O Libération fez uma capa com uma fala do Macron quando ganhou a eleição dizendo que seria oposição à extrema direita e, bom, não foi o caso né.

vi ontem no twitter os rad allah metendo fogo em uma bandeira lgbtqi+, não aguento a esquerda defendendo esse povo

https://x.com/libe/status/1737209195865207069?s=46

Tbm não aguento.
Tinha que ser insta deporte se o imigrante não concorda com os valores da sociedade democrática e de bem estar social.

Esses aí já até começaram a fazer passeata no Canadá para criminalizar os lgbt+

Estaremos querendo uma lei assim no Brasil também. Ainda mais rígida.

Imagina trazer mais gente pra votar no bolsaro:

https://www.reddit.com/r/arco_iris/comments/151gx1h/marcha_anti_lgbt_em_ontário_no_canadá_não_existe/