Galípolo defende que Brasil precisa manter as taxas de juros altas por período prolongado e que BC não discute cortes

Banco Central não está perto de discutir início de cortes nos juros, diz Galípolo

Segundo presidente do BC, País vai precisar ‘permanecer com uma taxa de juros em patamar bastante restritivo por um período bastante prolongado’

BRASÍLIA E SÃO PAULO - O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira, 19, que a autoridade monetária não está nem perto de discutir um eventual ponto de inflexão para os juros — ou seja, um cenário em que poderia começar a cortar a taxa Selic, atualmente em 14,75% ao ano.

“A gente não está perto dessa discussão, isso não é um tema que está passando nos debates do Comitê de Política Monetária”, disse o banqueiro central, em um evento do Goldman Sachs, em São Paulo. “A gente realmente precisa permanecer com uma taxa de juros em patamar bastante restritivo por um período bastante prolongado.”

Galípolo ressaltou que, nos últimos anos, a economia permaneceu dinâmica mesmo com juros elevados. Além disso, citou as expectativas desancoradas como um dos fatores que demandam juros altos por mais tempo. Ele afirmou, ainda, que o Copom não pretende relaxar o seu compromisso com a meta.

O presidente do BC ainda destacou que a autarquia está no processo de reunir confiança de que a convergência está acontecendo, por meio da observação de um conjunto de dados, e não com base no comportamento pontual de qualquer indicador.

“A gente não devia nem se emocionar com um Caged muito mais fraco, nem com um dado da indústria específico um pouco mais forte: a gente tem que reunir dados para confirmar uma tendência”, afirmou o banqueiro central.

Ele voltou a assegurar o compromisso da autoridade monetária com a meta de inflação, cujo centro é de 3%. Galípolo apontou efeitos do aperto dos juros já observados no crédito, mas ponderou que a normalização dos canais de transmissão da política monetária, que sofre obstruções, depende de reformas.

“O Banco Central deu demonstração inequívoca de disposição para perseguir a meta e de colocar o juro em nível restritivo por período suficiente”, ressaltou.

Segundo Galípolo, normalizar os canais de transmissão, cujos gargalos dificultam a missão do BC de levar a inflação à meta, é importante e vai exigir reformas. Ele comentou ainda que a ênfase dada pelo BC às defasagens da política monetária está ligada à transparência pretendida pela autarquia em sua comunicação.

O presidente do BC disse que a desancoragem das expectativas justifica a manutenção dos juros em terreno restritivo por período mais prolongado do que o normal.

“Achamos que isso é absolutamente normal e temos reforçado que, com as expectativas desancoradas, no cenário que temos assistido, e até com o histórico mais recente, faz sentido permanecer com essas taxas de juros no patamar restritivo por um tempo mais prolongado do que usualmente se costuma praticar”, declarou.

Ele ressaltou que a taxa de juros em patamar mais elevado corrobora com a estabilidade, diferentemente dos anos anteriores, nas previsões de mercado em relação ao desempenho da economia.

Evitando dar sinalizações que vão além de manter os juros restritivos pelo tempo que for necessário, Galípolo afirmou que, “para a tristeza de quem esperava algum tipo de indicação”, o momento é de apontar como o BC vai reagir, e não o que vai fazer nas decisões sobre juros. “Acho que o momento de incerteza demanda muito mais uma postura nesse sentido, para a gente explicar qual é a nossa função de reação e menos dizer o que nós vamos fazer.”

A respeito dos possíveis choques decorrentes da política comercial dos Estados Unidos, Galípolo citou a atividade global, as commodities e o câmbio entre os principais canais de transmissão. O presidente do BC afirmou que a autarquia está e seguirá atento ao cenário inflacionário. Ele comentou que o aumento de 4,25 pontos porcentuais da Selic está justificado pelo cenário, e que os indicadores estão respondendo como o esperado à transmissão do aperto monetário.

Ainda assim, Galípolo ressaltou que o BC tem monitorado os dados com parcimônia e cautela, e não tem olhado para um único indicador. A posição do BC, pontuou, é entender que juro migrou para patamar contracionista e preservar a flexibilidade para ter a reação necessária à evolução do cenário diante das incertezas. “No nível de Selic em que estamos, período de juro alto passa a ter mais peso”, declarou.

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Meu Deus, precisamos tirar o Campos Neto da presidência do BC

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Isso é sistema amg, o problema é o sistema, não adianta nada quando tiver esse sistema aí, tem que tirar o sistema.

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aguardando o textão da minha gleisi
e o lula atacando o bc

Vc querendo derrubar a BC, se a BC cair já sabemos quem é o culpado

Tudo culpa o sistema

Agora temos o Campos Neto do amor.

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É babado né Lula?

KkkkkkkjjjkjkkkkkkkkkkkkkKkkkkkkjjjkjkkkkkkkkkkkkkKkkkkkkjjjkjkkkkkkkkkkkkkKkkkkkkjjjkjkkkkkkkkkkkkk

O que a Gleisi tem a dizer hein?

Fizeram um teatro que so prejudicou o país por dois anos e agora tao caladinhos

Como fazer para o Brasil parar de ser um país ENTREGUE aos juros de bancos?

Meu cdb agradece, porém nunca mais peguei emprestimo em banco só na maquina de cartão kkk

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Eu já tô ganhando 11 reais por dia sem fazer nada graças a esses juros altos, por favor Galipolo

Com Campos Neto: demonio quer acabar com o país

Com Galipolo: Gente mas nao se preocupem é tudo orquestrado com o Luly pra queda vir no momento certo -nn