não é nada positiva.
Carnificina
Oito pessoas escreveram o que eu acredito que poderia ter sido feito por uma adolescente de 13 anos que acabou de descobrir poesia. Referências vazias à cultura pop e ao MPB servem de palco para o ego de uma auto-intitulada artista que provavelmente sente muito orgulho de todas as rimas fraquíssimas dessa música.
Dona Aranha
Imagino o processo criativo por trás dessa aqui. “Que tal uma cantiga infantil que na verdade é sobre sexo?” Edgy.
Se as primeiras faixas indicam uma sonoridade rock, essa faixa vai ao funk sem delicadeza alguma. Funk é mais sexy, será?
Quanto a letra… Confesso que me arrependi de ouvir esse álbum no momento que cheguei no refrão. Por pouco não desisti.
A letra desprovida de sex-appeal não dá opção alguma além de imaginar o eu-lírico muito literalmente.
A lambida no suor. Comer você. Subindo nas paredes. Gore.
Luísa Manequim
E voltamos ao rock. E tem samba junto! E é horrível.
Como pode no país do samba-rock ter tanta gente se achando ge-ni-al por misturar os dois? E como pode sempre ficar uma merda?
Quanto à música, sim, ela é sem graça. Sim, ela é um amaciador de ego-gigantesco. E sim, é sobre o quão foda Luísa é e nenhum mero mortal terá a atenção dela.
Será que ela já passou esse recado para cada peguete horroroso dela? Resta imaginar.
Interlúdio — Todas as histórias
You’re not relatable, Luísa.
Romance Em Cena feat. Marina Sena
A adolescente de 13 anos ataca novamente! Agora com um dicionário das expressões mais manjadas da poesia que quer ser profunda.
Piadas à parte, o maior crime dessa música é ser essencialmente sem essência. Tediosa e desprovida de qualquer aspecto interessante.
Campo de Morango
Entramos em material de pesadelo.
O que exatamente é essa música? Luísa deixando claro que é gostosa? Rica? Boa de cama? Sim.
Também é a prova que Luísa Sonza jamais será artista. Canta mal, sem personalidade, sem flow. Enquanto letrista, é tão boa quanto uma criança semi-analfabeta.
Tudo bem, nem tudo é culpa dela. O beat é péssimo, a estrutura desconexa e nem a mixagem sustenta.
Surreal feat. Baco Exu do Blues
Não consigo decidir o que eu odeio mais nessa faixa.
As rimas, composição pau mole, a cantora que grita ou o convidado completamente desinteressado na música.
Mas o vencedor é o verso:
Quando entro em você, tudo fica tão
Iguaria
Precisamos falar sobre a falta de coesão desse álbum. Uma hora é rock, depois é funk, rock de novo, MPB, algo que eu não consigo identificar, e MPB aqui vamos mais uma vez!
Iguaria não me ofende até nossa querida Luísinha começar a dar seu show. É incrível como a cada canção que se passa eu descubro novas formas de como ela é má cantora, dessa vez é a dicção problemática e a voz nasalada.
Realmente, Luísa Sonza foi feita sob medida para me desagradar. Até na melhor música do álbum, eu odeio quase tudo.
Chico
Chico… Chico… como falar de ti? Pra começar, eu odeio bossa nova.
Essa aqui tem monogamia, boyzinho comunista, poesia lixo e bossa nova. Seria o Twitter/X às 19h em dia útil ou seria um rolê bem merda na Vila Madalena? Ambas as possibilidades provocam em mim os instintos mais primitivos (fugir).
E para não ser injusta com Chico, eu também meteria um chifre se me fizessem uma música horrorosa dessas.
Onde é que deu tudo errado?
Mais uma canção genérica sobre um relacionamento indo pro saco… Próxima!
Penhasco2 feat. Demi Lovato
Uma música com duas intérpretes. Nenhuma delas é cantora.
Não há quantidade de gritaria que apague o quão ruim essas letras são. Nem mesmo o português da Demi Lovato.
Outra Vez
Desinteressante demais para ser comentada.
Interlúdio — Dão Errado
Zzzzzz…
Principalmente Me Sinto Arrasada
Cogitei me matar enquanto ouvia essa música para ver se esse sofrimento acabava mais rápido.
Ana Maria feat. Duda Beat
Este álbum deveria ter acabado há 8 músicas.
Lança Menina
Rita Lee foi esperta de morrer sem ter que ouvir esse atentado.
Não Sou Demais
Quanta merda pedante para alguém que mal tem uma carreira consolidada.
Considerações finais:
Escândalo Íntimo é um álbum sobre absolutamente nada. Você parte de 0, vira na esquina, atravessa a avenida e acaba em lugar nenhum.
A mixagem do álbum é consistentemente boa, até mesmo quando o material não colabora, como fica claro em Campo de Morango. A produção, entretanto, peca pelo exagero. Parte do som é formado pelo silêncio, além do ruído. Aqui, há muito ruído para pouco silêncio.
A cantoria, como já comentado, é repleta de gritos, má dicção e sons nasais. Há quem goste, mas definitivamente não sou eu.
E recebendo a cereja do bolo de merda, as letras! Se algum dia disse que Luísa Sonza parecia uma adolescente descobrindo poesia beatnik, eu fui generosa demais. Luísa Sonza, aos seus 25 anos, lembra uma adolescente que acabou de descobrir Rupi Kaur.
A garantia do álbum? Eventualmente ele acaba.
O que esse Escândalo Íntimo causou em mim? Vontade de ouvir artistas melhores.
O que eu espero para o futuro da carreira de Luísinha? Se deus quiser, nada.