:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/T/z/BojeqOQ0OQe0ajEYC3ig/whatsapp-image-2024-02-19-at-14.40.05.jpeg)
Ex-atleta e comentarista de basquete na TV, Hortência Marcari terá sua vida retratada nos cinemas. A sua parceria nas quadras com Magic Paula vai virar um filme, que já está em produção. Letícia Colin e Camila Márdila interpretarão as atletas. Ela conta o que espera da produção:
— Não quero que seja um documentário. Se você quiser saber da minha vida, você entra na internet e tem tudo ali. Quero que seja uma coisa que, quando as pessoas forem assistir, impacte na vida delas, que seja algo motivacional. Quero que seja uma mensagem legal. Que eu saiba não tem filme de atleta mulher. E este está sendo construído por mulheres, diretora e roteirista. É um tema muito apropriado agora.
Medalhista de prata dos Jogos Olímpicos de Atlanta (1996), campeã mundial e com três medalhas em Jogos Pan-Americanos (bronze em 1983, prata em 1987 e ouro em 1991), Hortência fez muita coisa dentro e fora das quadras de basquete. Ela já foi capa da revista Playboy em 1988, quando tinha 28 anos, e relembra os motivos para ter aceitado o convite:
— Era um desafio. Queria mostrar que a gente tinha também um corpo bonito, que podia ser sexy. Abri essa porta, fui a primeira atleta a posar. Foi essa coisa de não ligar para o que as pessoas pensam, de ter certeza do que você é, de ter autoconfiança. Óbvio que foi pelo dinheiro, mas tinha outras coisas. Eu não tinha vaidade de querer mostrar meu corpo, mas por que não? Fui lá, posei e aconteceu o quê? Nada. Casei, tive dois filhos, uma família maravilhosa. Você se arrepende quando abre uma porta, levanta uma bandeira e acredita naquilo que está fazendo? Foi o que eu fiz.
Aos 64 anos, ela conta como é a rotina para manter a forma:
— Quero viver bem e saudável. Não quero ser uma velha na cadeira de rodas. Quero viajar o mundo e aproveitar tudo isso que eu conquistei. Escolhi ter o mesmo corpo de quando eu jogava. E mantenho isso. É fácil? Não. O que eu comia antes eu não posso comer agora. Mas são escolhas. Vou fazer 65 anos, gosto de me olhar no espelho e sentir que estou bem comigo, que estou feliz. Se eu não tiver um esforço para isso, eu não vou conseguir. Malho todo dia, é hábito, disciplina. Eu gosto. Se eu paro, dói o corpo.