IPCA: preços sobem 0,43% em abril, puxados por alimentação e medicamentos
Resultado da inflação oficial do país mostra uma desaceleração em relação ao mês anterior. No acumulado de 12 meses, o avanço é de 5,53%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, registrou uma alta de 0,43% em abril, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando o IPCA havia subido 0,56%. No acumulado do ano, o índice registra uma alta de 2,48%. Na janela de 12 meses, o avanço é de 5,53%.
A alta da inflação em abril foi impulsionada, principalmente, pelos grupos de Alimentação e bebidas — com destaque para os preços da Alimentação fora do domicílio —, e Saúde e Cuidados Pessoais, devido aos reajustes de até 5,09% nos preços dos medicamentos, válidos a partir de 31 de março.
O resultado da inflação de abril veio em linha com as projeções do mercado financeiro, que esperavam um avanço entre 0,38% e 0,47%.
Veja o resultado dos grupos do IPCA em abril
- Alimentação e bebidas: 0,82%;
- Habitação: 0,14%;
- Artigos de residência: 0,53%;
- Vestuário: 1,02%;
- Transportes: -0,38%;
- Saúde e cuidados pessoais: 1,18%;
- Despesas pessoais: 0,54%;
- Educação: 0,05%;
- Comunicação: 0,69%.
Alimentos e medicamentos pesaram para a inflação do mês
O grupo de Alimentação e bebidas apresentou uma desaceleração na inflação em abril, registrando alta de 0,82% (contra 1,17% em março). Mesmo assim, continua representando o maior impacto sobre a inflação geral, com um peso de 0,18 ponto percentual (p.p.).
A Alimentação no domicílio foi a que mais subiu, com alta de 0,83%. Os maiores avanços vieram da batata-inglesa (18,29%), do tomate (14,32%) e do café moído (4,48%). Outros produtos, porém, tiveram queda, com destaque para a cenoura (-10,40%), arroz (-4,19%) e frutas (-0,59%).
Na Alimentação fora do domicílio, os preços tiveram alta de 0,80%. Tanto o lanche (1,38%) quanto a refeição (0,48%) subiram.
A maior alta percentual de abril foi registrada pelo grupo de Saúde e cuidados pessoais, com variação de 1,18% e um impacto de 0,16 p.p. sobre o índice geral.
O avanço é resultado de um reajuste de até 5,09% nos preços dos Medicamentos, válido a partir de 31 de março. Além disso, os itens de higiene pessoal também tiveram uma alta significativa, de 1,09%.
Outro destaque foi o grupo de Vestuário, que registrou alta de 1,02% e teve um impacto de 0,05 p.p. no índice geral. Os preços de roupas femininas, roupas masculinas e calçados e acessórios subiram.
O único grupo a registrar queda em abril foi o de Transportes, com uma variação negativa de 0,38%. As passagens aéreas tiveram uma baixa significativa nos preços, de 14,15%. Todos os combustíveis também recuaram.
- O etanol teve queda de 0,82%;
- O gás veicular teve queda de 0,91%;
- O óleo diesel teve queda de 1,27%;
- A gasolina teve queda de 0,35%.
INPC fica em 0,48%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado como referência para reajustes do salário mínimo e que calcula a inflação para famílias de renda mais baixa, registrou uma alta de 0,48% em março. Em fevereiro, o índice havia subido 0,51%.
Com isso, o INPC acumulou uma alta de 5,32% nos 12 meses até março de 2025.