Inflação na Argentina fica em 2,7% em Outubro, a mais baixa em quase 3 anos | 1ª vez abaixo de 200% no acumulado de 12 meses na gestão Milei

Argentina registra inflação de 2,7% em outubro, a mais baixa em quase três anos

Controle na situação dos preços é trunfo para Milei em meio a forte queda no consumo

O governo de Javier Milei bateu bumbo nesta terça-feira (12), quando foram divulgados os dados da inflação de outubro na Argentina. O indicador ficou em 2,7%, o mais baixo em quase três anos.

Em descontrole no governo anterior, a inflação desacelerou mês a mês na gestão do economista ultraliberal. De 25,5% em dezembro passado, quando Milei chegou à Casa Rosada, o indicador recuou e teve apenas duas acelerações, em junho e agosto, esperadas pelo mercado.

Para encontrar indicador similar é preciso voltar a novembro de 2021, quando o país ainda se recuperava da pandemia, e a inflação girou em torno de 2,5% naquele mês. O acumulado desde o início deste ano está em 107%.

O maior componente inflacionário veio do setor de alugueis, água, eletricidade e gás, áreas nas quais o governo diz que está ocorrendo uma recomposição dos preços após a queda de diversos subsídios que barateavam as contas. A inflação nesses setores foi de 5,4%.

Diferentes integrantes do governo celebraram o dado, que superou as estimativas que o próprio Banco Central —no mais, próximo ao Executivo— havia feito (de 3% ao mês). No começo de novembro, a instituição reduziu a taxa de juros de 40% para 35% ao ano falando em um cenário de “fortalecimento da âncora fiscal” na Argentina.

“Hoje já não temos os preços regulados de três anos atrás, nem a brutal brecha entre as cotizações do dólar, nem o ‘xamanismo’ econômico do kirchnerismo”, escreveu no X (ex-Twitter) Manuel Adorni, o porta-voz de Milei, referindo-se ao governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner.

Derrubar a política de controle de preços estabelecida na gestão peronista foi uma das principais medidas deste governo, que também fechou a torneira da emissão de moedas, congelou obras públicas e travou, com canetada presidencial, a recomposição de salários de setores como os aposentados e os docentes universitários.

O dado é fundamental para Milei porque está na inflação sua principal carta na manga, inclusive para sustentar uma popularidade que, ainda que cambaleante, é positiva para metade da população argentina. O índice pode estar recuando, mas a economia segue no horizonte dos argentinos como uma preocupação latente.

O consumo no país tem recuado, apresentando seus indicadores mais baixos em uma década. O poder de compra despencou, e o argumento da desaceleração da inflação é mais importante do que nunca. Na Casa Rosada, afirmam que a economia atinge o piso para enfim engrenar.

Durante evento em Buenos Aires na última semana, Milei afirmou que “a recessão terminou, estamos saindo do deserto, o país finalmente começou a crescer”. É o cenário que os argentinos almejariam ver em 2025.

Os salários, que durante meses foram corroídos, apenas agora começam a recuperar poder de compra. Em setembro, segundo os dados oficiais que foram divulgados também nesta terça-feira pelo instituto de estatísticas local, eles tiveram aumento médio de 4,7%, superior aos 3,5% da inflação registrada naquele mês.

A agenda econômica é peça fundamental do passo que o governo de Javier Milei tem tentado dar rumo a uma maior projeção internacional. Nesta semana o ultraliberal se encontra com Donald Trump, que em breve deve voltar à Casa Branca, nos Estados Unidos.

Há uma esperança, ainda que sua viabilidade seja desconhecida, de que o republicano o ajude a renegociar a dívida e quiçá conseguir um aporte maior no FMI, o Fundo Monetário Internacional.

A notícia ventilada pela imprensa americana de que Marco Rubio poderia ser o chefe da diplomacia de Trump também alegrou a Casa Rosada. O senador pela Flórida e descendente de cubanos esteve em Buenos Aires em fevereiro, quando trocou elogios e fotos com Milei.

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Hitou

queda da inflação e do consumo = vem aí uma deliciosa recessão kkk

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e a folha ainda publica isso como se fosse uma boa notícia

sem consumo e a população toda pobre, não tem como ter inflação mesmo

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Choquei que o consumo caiu la em quase tudo quase 40%, que país é esse

Mas é a msm coisa que querem aqui
Nem se engane

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E ainda sim so baixou 2% de inflação de um acumulado de quase 200%

Mas recessao eles ja estao a mais de um ano kkkkk

vai aprofundar ainda mais kkk
não tem nenhuma notícia boa ai

No acumulado só deve começar a cair mais forte a partir de Dezembro, que foi quando teve o pico

Poxa, Folha, nenhum comentário sobre isto?

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Há anos*

Controle na situação dos preços é trunfo para Milei em meio a forte queda no consumo

o TRUNFO

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Avisaram aos investidores que seu dinheiro não vai perder força com a inflação controlada?

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Você sabe que isso não é notícia boa né? Quer dizer que a população ta ainda mais pobre do que estava ano passado e que não tem dinheiro para consumir. E sem consumo sem inflação kk

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Mas normal depois dele ter cortado os subsídios em tantas coisas
Vai ser interessante os próximos passos dele tentando aumentar o consumo

Os minions da bcharts nem lendo a notícia pra compartilhar meu deus

pior que conheci um argentino em morro de são paulo que ainda defende esse desgraçado do milei

Morro que os Juros de lá estão em 35% kkkkk

BC da Argentina faz o 7º corte de juros no governo Milei; taxa vai a 35% ao ano

Redução começou em junho, quando a taxa estava em 133% ao ano

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Quero so ver a reação após o tarifaço do trump no próximo ano