A matéria para Out foi feita em junho, poucos dias depois que Jennifer Lopez havia catando na WorldPride DC, onde ela apresentou pela primeira vez “Kiss of the Spider Woman” para o público.
Se apresentar no WorldPride foi uma experiência “especial” para J.LO. “Eu estava lá para mostrar meu apoio, amor e solidariedade por tudo o que está acontecendo em nosso país agora, absurdos em muitos níveis, não apenas para a comunidade LGBTQ, mas também para a comunidade latina”, diz ela.
Para Jennifer, a Spider Woman deu outra oportunidade para ela se alinhar ainda mais em um momento em que a comunidade LGBTQ+ está sob enorme agressão política.
Pessoas de cor, trans e não binárias.
O que me levou a essa história primeiro de tudo foi o amor. É a única coisa na vida pela qual realmente vale a pena morrer de certa forma, e essa é a poesia do filme para mim.”
A história escrita pela primeira vez no romance de Manuel Puig em 1976, foi inovadora por trazer temas como relacionamento lgbt e muita resistência política diante de uma ditadura opressiva.
A personagem central, Molina desafiou as normas culturais de gênero e sexualidade imposta na época e o livro foi banido e censurado após seu lançamento.
William Hurt ganhou um Oscar por interpretar Molina no filme de 1985. No teatro, a Spider Woman ganhou vida em uma peça em 1983 escrita por Puig, e venceu um Tony em 1993, com trilha sonora de John Kander e Fred Ebb, e roteiro de Terrence McNally.
Neste outono, a adaptação cinematográfica deste musical será lançada em uma época em que, infelizmente, a expulsão de um artista latino queer para uma prisão não é inédita no noticiário nacional.
“Foi realmente um sonho realizado”, diz Jennifer sobre estrelar Spider Woman . “Sonhei em fazer um musical por tantos anos. Para mim, não poderia ter sido melhor se fosse um filme sobre amor, aceitação e comunidade, especialmente neste momento.”
Chita Rivera, idolatrada por JLO quando criança, foi a criadora do papel de Aurora no musical para o teatro, o que torna esse papel particularmente significativo para a estrela de Hustlers . “Trabalhar com [o coreógrafo] Sergio Trujillo, que estava em Spider-Woman na Broadway, que dançava com Chita todas as noites, e ouvi-lo me dizer coisas como: ‘Dançar com você foi como dançar com Chita de novo’ — foi simplesmente incrível.”
Quando chegou ao set para cantar “O Beijo da Mulher-Aranha”, diante da lenda viva Kander (Cabaret , Chicago), que tinha 97 anos na época do encontro, Lopez “quase caiu morta”, conta.
“A garotinha dentro de mim, que ficava sentada em frente à televisão assistindo a West Side Story com a mãe, dançando e desejando poder cantar, dançar e atuar um dia, se realizou plenamente naquele momento”, diz ela emocionada.
“Foi uma das experiências mais lindas que já tive na minha carreira como atriz, era também em um momento difícil da minha vida, mas simplesmente uma parte de mim foi preenchida e estava esperando para isso há tanto tempo”, conta ela.
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