BRIGHT EYED BABY é o terceiro EP da cantora norte-americana Jillian Jacqueline. Lançado de forma independente, assim como seu álbum de estreia Honestly (2022), o EP é uma amostra do que está por vir em seu segundo álbum.
O EP contém 5 faixas que trazem melodias e letras bastante introspectivas, poéticas e intensas, diferentes dos seus trabalhos anteriores, como Side A e Side B (lançados sob o selo da Big Loud Records), que trouxeram singles relevantes como “Reasons” e “If I Were You” (feat. Keith Urban).
As músicas de trabalho até então são:
- Bright Eyed Baby - 07/03/2025
- Fantasy Girl - 25/04/2025
- Year of the Dragon - 30/05/2025
MÚSICAS
1. Year of the Dragon 
Reflete o ano de 2024 que foi regido pelo Dragão, mas também o retorno a memórias de infância e antigas expectativas, misturando nostalgia e autodescoberta em um caminho de libertação. A narradora reconhece que, ao sentir-se perdida, recorre ao passado como uma âncora, mesmo que ele seja desconfortável, como um “maiô molhado” que a envolve. As referências à infância, ao horóscopo do dragão e à personagem de um filme simbolizam antigas crenças de destino e poder pessoal, enquanto o ato de cortar o cabelo e andar nua numa cidade que não a aceita simboliza a coragem de ser ela mesma. Apesar do medo, há uma sensação de liberdade e de recomeço, onde o retorno ao ponto de partida é também a chance de reconstruir sua identidade.
2. Stroke of Genius 
Explora o turbilhão de criar algo novo e a batalha interna com o medo, a dúvida e a busca pela inspiração. A letra alterna imagens de violência emocional — como lutar contra lobos ou estrangular o próprio coração — com a esperança persistente de alcançar um momento de clareza ou de “gênio”. É uma luta solitária, cheia de incertezas e de uma musa que tanto inspira quanto exaspera. Mesmo que o triunfo pareça distante, há um fio de esperança: talvez a genialidade esteja logo além do toque, à espera de quem não desiste.
3. Bright Eyed Baby 
“Bright Eyed Baby”, faixa-título do EP, traz um retrato sombrio da pressão social e profissional que a indústria da música traz para manter as aparências e suportar situações dolorosas sem reclamar. A letra usa a figura de alguém sorridente e sempre pronto para agradar, mesmo quando está sendo explorado ou ferido. O refrão, com o conselho de “não chorar” e “ficar de olhos brilhantes”, ironiza a expectativa de otimismo constante, enquanto o verso final revela o custo emocional de lutar por sonhos que podem devorar quem se atreve a persegui-los. A música expõe a hipocrisia de um mundo que exige sucesso a qualquer preço, transformando a luta pelos sonhos em uma arena implacável.
4. More 
A música é um desabafo emocional sobre um relacionamento marcado por descaso e falta de cuidado, mas também sobre a jornada de autodescoberta e amadurecimento que vem depois. A letra narra como a protagonista aceitava migalhas de afeto — justificando e tolerando a frieza e as ausências do parceiro — por não saber que merecia mais. Ela reconhece que permaneceu onde não era feliz porque simplesmente não sabia que podia querer ou ter algo melhor. No final, a canção transforma essa dor em um despertar, uma afirmação de valor e de expectativa por um amor verdadeiro e recíproco.
5. Fantasy Girl 
“Fantasy Girl” é um hino de vulnerabilidade e aceitação, no qual Jillian expressa o desejo de se encaixar na imagem idealizada que acredita que o outro espera dela, mas admite não conseguir manter essa fachada. Ela quer ser a “fantasy girl” — perfeita, suave, digna de admiração — mas sente que há algo dentro dela que sempre a impede. No entanto, ao perceber que o parceiro aceita suas imperfeições e a apoia mesmo quando ela desmorona, ela reconhece que esse amor verdadeiro está transformando tudo, ajudando-a a sentir que merece ser amada pelo que é de fato, e não apenas pela imagem que tenta projetar.